O papel da inteligência artificial na mídia digital e performance

Por Daniel Dreyer, para Coletiva.net

Daniel Dreyer - Arquivo pessoal

Não se fala em outra coisa: inteligência artificial e o papel dela na comunicação. O assunto gera medo e entusiasmo no mercado publicitário. Mas qual o papel desta tecnologia na realidade atual do mercado? É inegável que ela está revolucionando diversos setores há algum tempo e a propaganda não é exceção. 

Com o avanço da tecnologia, as empresas têm acesso a uma quantidade massiva de dados e informações sobre seus consumidores e seus hábitos, e a IA emerge como uma ferramenta poderosa para analisar, interpretar e utilizar essas informações de maneira eficaz. Ela tem o potencial de transformar a maneira como as empresas planejam, criam e veiculam suas campanhas publicitárias através de algoritmos e da capacidade de aprendizado de identificação de padrões e tendências nos dados, ajudando as empresas a entenderem melhor o comportamento e as preferências de seus consumidores. 

Uma das aplicações mais notáveis da IA na publicidade, por exemplo, é a personalização em escala com a coleta de dados. Podendo criar segmentações altamente específicas e personalizar mensagens de maneira automatizada para os consumidores. Isso permite que as organizações entreguem anúncios altamente relevantes e direcionados, aumentando a probabilidade de engajamento e conversão para uma audiência cada vez mais exigente. 

Além disso, a IA pode otimizar o processo de compra de mídia através de análise de dados em tempo real, tomando decisões sobre onde e quando veicular anúncios. Esses movimentos automatizados baseados em métricas como alcance, engajamento e custo podem melhorar abundantemente a eficiência das campanhas e maximizar o retorno sobre o investimento. 

Outra aplicação desta inovação na publicidade é na área criativa dos pontos de contato digital. Através da capacidade de aprendizado de máquina, a IA pode gerar automaticamente anúncios, textos e até mesmo vídeos personalizados. Isso aumenta a velocidade e a eficiência da criação de conteúdo para performance, permitindo mais variações de peças digitais e otimizações criativas. 

No entanto, é importante ressaltar que a inteligência artificial não substitui a criatividade e o trabalho humano. Embora esse recurso possa ajudar a automatizar processos e tomar decisões baseadas em dados, a criatividade humana ainda é fundamental para a concepção de ideias inovadoras e emocionalmente envolventes que ressoam com o público. 

Além disso, é crucial considerar as questões éticas e de privacidade ao utilizar a IA na publicidade. O uso de dados pessoais requer transparência e conformidade com as regulamentações de proteção de dados, garantindo a privacidade e o consentimento dos consumidores. Ainda temos um longo caminho pela frente com a normalização desta tecnologia no dia a dia das agências, mas o mercado vai se adaptar, como sempre fez.

Daniel Dreyer é sócio da Gampi Casa Criativa.

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