"Estar neste júri é maravilhoso e horrível ao mesmo tempo", diz Ieda Risco

Em entrevista ao Coletiva.net, jornalista fala sobre os desafios de estar vivenciando de perto o desfecho da tragédia

Apresentadora se emocionou ao relembrar da tragédia - Crédito: Coletiva.net

A jornalista Ieda Risco acompanha o caso da Boate Kiss desde 2013, ano do incêndio, quando era repórter da rádio Guaíba. Hoje, a profissional está na cobertura do julgamento pela RDCTV, onde também apresenta o programa 'Manhã RDC', com entradas ao vivo do Foro Central I de Porto Alegre. Na profissão há quase 30 anos, ela contou ao Coletiva.net sobre os desafios de estar vivenciando de perto o desfecho da tragédia. 

"Estar neste julgamento é maravilhoso e horrível ao mesmo tempo", desabafou a jornalista. De acordo com Ieda, o profissional de imprensa precisa estar bem preparado para um evento deste porte. "O preparo tem sido bem mais emocional do que qualquer outra coisa. Tenho percebido isso não só comigo, mas com outros colegas que aqui estão, que, dependendo do depoimento, ficam abalados com as histórias", relatou.

A apresentadora se emocionou ao relembrar da tragédia, pois, por ser mãe, coloca-se no lugar dos familiares das vítimas. "A gente sente esta dor daqui. Tenho uma filha de 30 anos e uma neta de 14. Frequentei diversas casas noturnas aqui de Porto Alegre, assim como a minha filha. Quando vejo um jovem relatando o ocorrido, eu penso: que benção que eu tenho!", contou, abalada, reforçando ainda que se sente desautorizada a questionar o sentimento dos pais das vítimas. 

Além da Ieda, a RDC está no local mesclando profissionais experientes e jovens. O intuito é passar aos espectadores da emissora todas as visões do julgamento, tanto pelas redes sociais, quanto pelo meio tradicional. A equipe conta com cinegrafistas, editores de vídeo e áudio, e dois repórteres.

Em uma iniciativa entre Coletiva.net e Coletiva.rádio conteúdos especiais são gerados durante todo o julgamento - e a ação conta com o apoio institucional da Associação Riograndense de Imprensa (ARI). O objetivo da cobertura especial é mostrar ao público a atuação da imprensa, com matérias, fotos, entrevistas exclusivas e a visão dos jornalistas credenciados para acompanhar o que deverá ser o maior julgamento da história do judiciário gaúcho.

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