Combinação de Cloud Computing e IA garante mais flexibilidade e eficiência para equipes criativas
Com o uso de plataformas on-line e recursos inteligentes, empresas conseguem equilibrar custo, produtividade e Inovação
Em um cenário em que a velocidade e a capacidade de inovar definem o sucesso, a nuvem surge como uma base de sustentação da indústria criativa. O Cloud Computing deixou de ser sinônimo de espaço de armazenamento para viabilizar operações complexas, permitindo mais integração com Inteligência Artificial e ampliando o acesso a novas ferramentas. Esse movimento é uma transformação na forma como equipes de Design, Marketing e Conteúdo trabalham no dia a dia.
Para Rodrigo Neves, CEO da Vitaminaweb, a migração para soluções em nuvem não é mais uma opção, mas uma tendência irreversível, e isso está muito ligado às IAs. "Todas as aplicações da indústria criativa tendem a ter Inteligências Artificiais integradas para ajudar no trabalho e na produtividade. É impossível usar isso de forma local", explicou. Ferramentas amplamente adotadas, como Figma e Adobe XD, já operam inteiramente on-line, com APIs que permitem integração e automação de processos.
Além disso, destacou o especialista, até mesmo os softwares que possuem versões off-line ainda dependem da nuvem para processamento e comunicação. "O Cloud Computing é um caminho sem volta. Hoje, as empresas não precisam mais ter infraestrutura local para nada, pois podem pagar pelo serviço", pontuou. Nesse cenário, no entanto, o custo de trabalhar com essas ferramentas deve ser levado em consideração dentro da estratégia de negócios da marca.
Computação na nuvem traz mais flexibilidade
Esse modelo de pagamento por serviço se mostra estratégico por um motivo simples: empresas podem assinar determinada ferramenta, usar enquanto ela for necessária e depois cancelar. "Se você compra uma licença vitalícia de um software e ele acaba caindo em desuso, é um prejuízo", alertou. Além disso, Rodrigo comentou sobre as próprias transformações do mercado: "As equipes mudam demais. Tem vezes que elas incham muito e depois reduzem, também dependendo da época do ano. Pagando pelo uso é possível equilibrar melhor o custo".
E quando se fala em um uso constante de determinada plataforma, especialmente daquelas que possuem recursos de Inteligência Artificial, o especialista divide esse processo em dois momentos. O primeiro consiste em conceder acesso e treinamento e também em governança, com a criação de controles mais rigorosos sobre a utilização da IA. Enquanto o aumento da produtividade abre a possibilidade de uma redução na equipe, o maior investimento em licenças, capacitação e controles de uso acaba mantendo, inicialmente, uma estabilidade de gastos.
Já o segundo momento acontece a médio e longo prazo, quando a eficiência atinge um nível superior o suficiente para ampliar o rendimento financeiro. "Acho que vai ser muito difícil a nuvem não ser, cada vez mais, um ativo que deva ser considerado no custo de operação", pontuou.
Interfaces mais simples, resultados mais complexos
A experiência do usuário é outro diferencial da nuvem, visto que, segundo Rodrigo, a usabilidade dessas plataformas tem melhorado ao longo dos últimos anos. Hoje, muitas aplicações permitem criar designs e aplicações inteiras apenas por meio de comandos de texto ou áudio, com sistemas que testam, recebem feedback e se autoconstruem. Essa simplificação da interface não elimina a complexidade técnica por trás, mas torna a tecnologia acessível a profissionais que não são especialistas.
Rodrigo ainda destacou que os softwares disponíveis em nuvem tendem a ter habilidades cada vez melhores, assim como maior facilidade no uso. "Eles têm que ser mais fáceis de usar, senão ninguém usa", acrescentou. Além disso, são plataformas que precisam ser leves para entregar performances melhores e mais ágeis.
Criatividade humana como diferencial
Conforme esse cenário avança, Rodrigo entende que o diferencial estará, cada vez mais, na criatividade humana. Ele traz como exemplo os agentes de IA que foram implementados na VitaminaWeb, que entregam páginas prontas com apenas alguns comandos. "Eu não precisei de ninguém, apenas descrevi muito detalhadamente o que eu quero e ele me entregou algo melhor do que muito profissional entregaria. Então o desafio do criativo e do publicitário hoje é transmitir emoção e conexão real com o público", afirmou.
Enquanto a velocidade da Comunicação digital e a busca por engajamento imediato têm reduzido o impacto das campanhas, a presença do fator humano é ainda mais crucial. Por mais avançadas que as ferramentas de IA e a nuvem se tornem, elas não substituem a visão estratégica, o olhar crítico e a criatividade que só um profissional pode trazer. Nesse contexto, a tecnologia deixa de ser um fim em si mesma e se torna um instrumento para potencializar ideias, otimizar processos e focar em experiências de conexão profunda e duradoura.
Alavancar essas tecnologias é fundamental para otimizar operações e potencializar o crescimento de negócios a longo prazo. Por isso, o cenário de tecnologia para Marketing conta com um espaço dedicado neste portal. Acompanhe na editoria ColetivaTech.
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