Soneto da contaminação
Por Fraga
 
                                        
                                        
                                    (Depois de Vinícius de Moraes)
De repente do riso fez-se a comorbidade
Plácida e fúlgida como verso de hinário
Espalhou-se, ocupa ruas, praças da cidade 
Agora vive nas bocas, saída de quê armário?
De repente do clima fez-se a comorbidez 
Que dos corpos aflora e pelo excesso
Todos a têm, da ordem até o progresso
Acostumamos, tanto faz como tanto fez
De repente, assim desde 2018
Fez-se doente o que era tão saudável
E dum país fez nacional falência
Fez-se da mão amiga arminha .38
Fez-se do convívio ódio intragável
De repente, esse mórbido na presidência.
 
 
                 Coletiva
                Coletiva
             
                 
                 
                 
                         Fraga
                                            Fraga