"Tudo o que marca, faz marca." Escutei certa vez esta frase dita pelo amigo publicitário João Satt. Achei a frase lapidar, pois evidencia a sabedoria de quem entende o poder da percepção. Cada gesto, cada palavra, cada decisão, deixa uma marca entranhada no corpo da reputação. Este patrimônio aparentemente invisível, porém, valioso, é a soma de tudo que projetamos à percepção dos outros. É o espelho que reflete nossa essência, construída tijolo a tijolo, com a argamassa da consistência, da coerência e da autenticidade.

No universo corporativo, a reputação é o oxigênio que alimenta a chama da credibilidade. É o que diferencia e torna marcas em percepções de valor singulares, o que atrai investidores, clientes e talentos. Uma reputação sólida é um ímã que atrai oportunidades e blinda marcas contra as intempéries do mercado.

Mas, tal qual cristal, a reputação é frágil e vulnerável. Um passo em falso, uma decisão equivocada, uma palavra mal colocada e a sua beleza translúcida pode se estilhaçar em pedaços, cuja reconstrução fica impossível deixá-la igual ao original.

No mundo hiperconectado, onde praticamente todos tem acesso a quase tudo, a reputação é um ativo ainda mais precioso. As redes sociais, com sua força amplificadora, podem ser tanto um palco para a construção de uma imagem positiva, quanto um tribunal implacável para o julgamento público.

Assim, muita atenção: cultive sua reputação como se estivesse cultivando o seu próprio jardim. Semeie ações positivas, regue com a ética e a transparência, e colha os frutos da confiança e do respeito. Lembre-se: tudo o que marca, faz marca. Marcas que fazem história; histórias que deixam legado.