Mantra da Secom municipal é fazer o simples bem feito

Orestes de Andrade Júnior, secretário municipal de Comunicação de Porto Alegre apresentou o trabalho que coordena na pasta

Orestes de Andrade Júnior, da Secom municipal - Divulgação/Coletiva.net

Há seis meses com secretário municipal de Comunicação de Porto Alegre, Orestes de Andrade Júnior apresentou o trabalho que coordena na pasta. Em contraponto ao que o painelista anterior - Douglas Lunardi, diretor de Comunicação da CBF - falou, de que conteúdo é o menor problema, o jornalista informou que, conteúdo é relevante sim, especialmente para quem trabalha em uma prefeitura. Com isso em vista, o mantra adotado pela equipe na Secom é: fazer o simples bem feito.  

Mesmo assim, o órgão tem dificuldades em se comunicar com a população, a qual, de acordo com Orestes, não tem interesse nas informações públicas. "As pessoas não querem ver nosso conteúdo, elas querem nos criticar, por isso, temos o desafio de criar um conteúdo que seja importante", comentou, contando que ele debate com sua equipe que tipo de conteúdo é relevante, porém, não encontram uma fórmula para isso.

Em virtude de trabalhar com escassez de recursos financeiros e técnicos, a Secom tenta se adequar ao sistema público. "Não temos drones nem câmeras GoPro e, para a Prefeitura obter equipamentos como estes, demora devido à burocracia. Então, nossos profissionais contribuem trazendo seus próprios pertences", revelou, e acrescentou: "Não temos dinheiro, nem agência, nem gráfica, mas o time se propõe a se doar", falou, e aproveitou para mencionar a licitação de agências de publicidade da Prefeitura, com um alerta: "Espero que o mercado seja maduro e não atrapalhe o processo".

Como fazer sem dinheiro? Este questionamento foi respondido com exemplos de campanhas feitas pela equipe, com vídeos caseiros, produzidos dentro das dependências do órgão público. Porém, lamentou que, independentemente do formato das peças - card, filme, vídeo, post -, a população está sempre pronta para criticar. "Hoje, se não tem humor, as pessoas não assistem, mas quando usamos humor, a população não aceita e cobra os buracos na rua", exemplificou.

A campanha de IPTU, por exemplo, foi feita com uma house dentro da Prefeitura, mas Orestes falou que não quer trabalhar neste formato. Entretanto, se for preciso, foi enfático ao dizer que, se for para complicar, consegue fazer conteúdo sozinho. "Se esta for a saída, então eu monto uma house, equipo um pouco melhor e pronto", versou.   

Quanto às críticas, o secretário disse que é preciso ouvir o que as pessoas estão dizendo, embora sejam, em sua maioria, críticas. "Oitenta por cento do nosso trabalho é responder a perguntas da imprensa e das pessoas", declarou, ao enfatizar que seu time procura sempre dar retorno.

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