A Comunicação talvez seja a área que mais contempla os mais diversos perfis de profissionais e de pessoas, o que torna muito comum ter o pensamento de que nesse meio não há preconceito. Para explorar mais sobre o tema, Márcia Christofoli recebe como convidados Fab Silva, publicitário e curador de talentos, e Luan Pires, jornalista e publicitário.

A conversa se iniciou com Fab explicando que se entende como diversidade o espaço no qual as pessoas querem se apossar ou querem estar, a partir de conceitos que estão na sociedade. "Posso me considerar diverso em relação a outra pessoa, porém, a minha diversidade também pode estar correlacionada a pessoas iguais a mim. É um conceito muito efêmero, e difícil de definir e para onde caminha, pois é mutante, e se modifica com os avanços sociais e econômicos", explicou.

Para Luan, o caminho para gerar diversidade é entender que não adianta criar diversas intersecções sem saber como elas funcionam dentro de um contexto. "A mulher preta terá uma necessidade diferente de uma branca. Quanto mais interseccional, mais necessidades surgirão", afirmou.

Fab falou que não sabe dizer se, em relação à diversidade, a Comunicação está no caminho certo, mas que pelo menos está trilhando um. "Digo isso baseado na minha trajetória. Quando entrei na Publicidade, percebi que as pessoas diversas ocupavam cargos do criativo, como redatores, designers e gráficos, e não havia muitos na parte estratégica ou planejamento." Segundo o profissional, o cenário, aos poucos, está sendo desconstruído.

De acordo com Luan, se olhar para os números brutos de uma agência de Publicidade, talvez se encontre um percentual de pessoas pretas, queers, entre outras. "Mas onde estão essas pessoas? Estão ocupando cargos de liderança ou estágios? As mulheres estão trabalhando só em Atendimento ou outras funções? Diversidade é olhar para esse número bruto, já a inclusão é distribuir esses funcionários nas áreas que querem ser inseridos", disse.

Confira o episódio completo:

 

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