Cinco perguntas para Luan Pires

Executivo de Planejamento Estratégico e Comportamento na HOC, jornalista administra as redes sociais do Museu do Festival de Cinema em Gramado

Luan Pires - Crédito: Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Luan Nascimento Pires, jornalista e pós-graduado em Negócios Digitais. Sou catarinense, mas moro em solo gaúcho desde pequeno, considero-me meio a meio para não gerar mágoas na família. Hoje em dia trabalho como executivo de Planejamento Estratégico e Comportamento na HOC, dos incríveis Lara Piccoli e Fábio Bernardi, onde trabalho diretamente com o também incrível Alexandre Laybauer. Também faço alguns trabalhos paralelos como consultor de estratégia e escritor.

2 - Como e quando descobriu a vocação para a Comunicação? 

As pessoas que me conhecem "de longe" acham que eu não sou uma pessoa tímida. Mas, na verdade, eu sou. Mas é engraçado que essa timidez nunca me impediu de encabeçar apresentações na escola, ser líder de turma, de tentar "organizar as coisas". Diria que a comunicação surgiu a partir da escrita. Desde pequeno, escrevia em cadernos minhas histórias de ficção, depois comecei a falar do que eu sentia e via na sociedade, e o Jornalismo me pareceu adequado para isso. Sempre fui mais do tipo de observar, analisar, sempre flertando com cursos sobre análise de comportamento e coisas dessa linha, então, quando uma professora da pós me chamou pra ir para área do Planejamento Estratégico, vi a união perfeita entre as duas coisas. Ainda seria um pouco jornalista, emergindo no mundo dos clientes e fazendo pesquisas, mas com um viés de análise comportamental também. Escrever mais do que botar para fora, pra mim, é alinhar o que está pra fora para todos enxergarem de maneira mais clara.

3 - Como está sendo a experiência na gestão das redes sociais do Museu do Festival de Cinema de Gramado?

Eu amo trabalhar com Cultura. Quando o Matheus Pannebecker me chamou pra esse trabalho, eu disse sim na hora. Além de ter um vínculo de amizade antigo com ele, desde a época da faculdade trabalhamos bem juntos. É interessante trazer a minha bagagem de estratégia e gerenciamento de grandes marcas (já atendi a Feira do Livro de Porto Alegre), para esse trabalho. O Museu é a história viva do Festival. Mas, mais do que isso, é trazer essa história menos em um pedestal e mais na altura dos olhos do público, para poderem interagir e aprender, inclusive as novas gerações. E é isso que a gente trouxe de estratégia para o trabalho: um museu é uma experiência, mais do que qualquer outra coisa. Eu me sinto realizado em contar (mais essa história) por meio dele. Já sigam o @museucinemagramado!

4 - Como é gerir marcas em um momento em que tendências e cultura estão mudando tão rapidamente? 

Eu tenho um foco muito estratégico, principalmente na parte de discurso e estudos geracionais. As gerações cada vez mais estão mudando mais rápido, e o constante aprimoramento com leituras e cursos fora da área (sim, viver experiências de estudo é fundamental para entender nossa sociedade) são minhas principais ferramentas. Atualmente, eu atendo marcas como Unimed Porto Alegre, Sicredi, iPlace, entre outras. Todas em seus universos precisam se adaptar. É como eu escrevi neste artigo para o Coletiva.net sobre Planejamento Estratégico, há a essência da marca, o resto precisa ser adaptado de dentro para fora. As pessoas costumam pensar, primeiramente, na forma, no formato, mas o que de fato precisamos dizer para esse público e como ele vai ouvir melhor? Estamos saindo de uma pandemia que mudou os paradigmas em todas as áreas, não há mais verdades absolutas. Ou talvez haja uma, a mudança constante, a verdade da essência e como você fala disso.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Eu quero continuar trabalhando com marcas e estratégias. Vou publicar meu primeiro livro pela Editora Metamorfose, do incrível Marcelo Spalding, onde já tenho dois contos publicados em duas coletâneas, e quero me aprofundar no mundo da escrita criativa cada vez mais. Também quero continuar o meu perfil de frases no Instagram, o @desaprendizados. São duas áreas que se complementam dentro de mim. Além disso, quero focar ainda mais na parte de comportamento, algumas especializações na área de psicologia para dominar todos os tipos de impacto nos diferentes públicos. Estou com um plano de criar um projeto de escrita criativa que fala especialmente com o público LGBTQIA+, mostrando como o estresse de minoria, como nossos traumas e medos, cada vez mais atacados em nossa sociedade, podem virar motor para seguirmos mais fortes através da expressão pela escrita. Eu resumiria assim: entender cada vez  mais as pessoas, de diferentes universos, para ajudá-las a encontrar o que precisam: fora delas ou dentro delas.

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