Brivia compra a Heads e projeta receita superior a R$200 milhões

Aquisição faz parte da estratégia da agência gaúcha em se tornar o maior grupo independente do setor na América Latina

Cláudio Loureiro e Marcio Coelho - Crédito: Divulgação

A Brivia anunciou, nesta quinta-feira, 7, a aquisição de 100% do capital da Heads, agência fundada em Curitiba, mas com sede em São Paulo, que atende marcas como Energisa, Banco Original, Positivo, Óticas Diniz, 51, Unidas e 3M. Com a transação, conforme informações do grupo, deve-se chegar ao final de 2022 com mais de 450 colaboradores e superar os R$ 200 milhões em receita. O investimento faz parte da estratégia da empresa gaúcha em se tornar o maior conglomerado independente do setor na América Latina. O valor da transação não foi informado, mas envolveu ações da companhia e recursos financeiros.

Com a compra, a Heads agora se soma às demais agências do grupo, ao lado da Brivia, Dez e A2C. Na prática, a empresa adquirida seguirá operando com autonomia, mas receberá aporte de metodologias e tecnologias para ampliar o conjunto de competências e a proposta de valor. Além disso, o publicitário e fundador da agência curitibana, Claudio Loureiro, passa a ser sócio do conglomerado e ganha um assento no conselho. Todo o processo foi conduzido pelos escritórios CMT, pelo lado da Brivia, e BMA Advogados, pela Heads.

Além da expansão orgânica, a Brivia segue uma estratégia voltada ao crescimento inorgânico, visto que trata-se da terceira operação de M&A (fusões e aquisições, na sigla em inglês) em quatro anos. Em 2018, ocorreu uma fusão com a Dez Comunicação e, em 2020, foi adquirida a A2C. Além disso, o CEO do grupo, Marcio Coelho, também antecipa que mais negócios do tipo estão em análise.

Reposicionamento de marca

Recentemente, a Brivia também se reposicionou como uma creative smartech. O conceito é uma combinação de três características: como as martechs, une soluções de Marketing e Tecnologia; com o S da palavra 'smart', expressa a inteligência investida no desenvolvimento de ações; e com o creative, reforça a base de criatividade e inovação.

Ainda conforme Marcio Coelho, a compra da Heads busca fortalecer a capacidade criativa. "É um movimento que enaltece o caráter criativo do nosso trabalho, mas que não está limitado a ele, porque se une à tecnologia e às possibilidades da transformação digital", explica. Para o executivo, uma das principais competências que a compra traz à Brivia é a operação de grandes volumes de mídia. 

Na avaliação do CEO da Heads, Cláudio Loureiro, a empresa compreendeu que o mercado de Propaganda mudou e considera que a agência gaúcha traz competências importantes ao negócio. "Nos últimos 15 anos, fomos muito assediados pelos maiores grupos mundiais para negociações semelhantes a essa. Mas o movimento feito agora é uma oportunidade de trazer a expertise e a cultura de inovação da Brivia ao ambiente de uma agência tradicional e criativa", ressalta.

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