Cinco Perguntas para Alessandro Heck
Parte da atuação profissional do dirigente é voltada à radiodifusão
1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Alessandro Heck, engenheiro, consultor, especialista em Governança Corporativa e Gestão de Risco, líder em Sustentabilidade. Nasci e resido atualmente em Ijuí. Considero-me porto-alegrense por adoção, pelos 14 anos que passei na capital gaúcha. Parte da minha atuação profissional é voltada à radiodifusão, mas compartilhada com a consultoria que construí para apoiar empresas em suas demandas de sustentabilidade.
2 - Como foi o seu início na profissão?
Comecei minha carreira profissional como estagiário de Engenharia, no sistema RBS de rádios, vinculado à rádio Gaúcha. Fui supervisionado pelo gerente-técnico da época, Gilberto Kussler, com quem aprendi muito. Ao término do estágio, fui efetivado como engenheiro.
Esta fase foi muito especial, gostava de visitar emissoras do interior, das manutenções que viravam às madrugadas. Mesmo com as situações de urgência que me ensinaram, o princípio era de que 'rádio não pode ficar fora do ar'.
Em paralelo, concluí meu mestrado em Gerenciamento de Serviços. Permaneci até 2004 quando decidi voltar para o interior para poder atuar em funções estratégicas, na Rádio Progresso. Com o tempo, passei a atuar como consultor de empresas.
3 - Recentemente, você assumiu a gestão da Associação Gaúcha de Rádio e Televisão (Agert). Como está sendo a experiência?
Não é clichê dizer que se trata de um grande desafio. Cada região do Rio Grande do Sul possui características e demandas muito específicas. São mais de 300 emissoras. É preciso compreender as necessidades das empresas e ter o olhar abrangente para todo o mercado e suas partes interessadas.
A Agert atualizou seu estatuto e é preciso realinhar a governança da entidade a ele. Além disso, entendo que precisamos promover ferramentas para disponibilizar o conhecimento formal aos radiodifusores para poderem ter sucesso em cumprirem seu papel de promover a Comunicação como instrumento de integração e informação das suas comunidades.
4 - Na sua opinião, quais são os principais desafios da profissão?
O rádio é um meio de Comunicação que tem se valorizado muito e a perspectiva para os próximos anos é de seguir a curva ascendente de valorização. Isto porque se trata de um meio extremamente ágil, adaptável, que abraça tecnologias e as transforma em insumos que potencializam sua identidade.
Naturalmente, compreender a dimensão deste universo aberto e instrumentalizar emissoras de todos os portes e mercados é um grande desafio. E, além disso, entendo que o rádio precisa converter sua audiência e impacto em participação maior no bolo publicitário.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Meus planos profissionais são sempre baseados na análise da realidade. Os cenários mudam muito rapidamente e é preciso ter a capacidade de se adaptar às exigências que surgirem com agilidade. Mas, entendo que a sustentabilidade deve ser um objetivo das empresas e, neste sentido, meu plano profissional é apoiar como consultor ou conselheiro empresas de todos os mercados nesta jornada.
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