Cinco perguntas para Débora Tessler

Publicitária se considera uma pessoa otimista e empreendedora nata

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Adorei essa pergunta separando quem eu sou do que eu faço. Prazer, meu nome é Débora Tessler e eu sou uma pessoa de pessoas. Otimista e empreendedora nata. Gosto da natureza e de entender o ser humano, as relações, os sentimentos. Adoro viajar, conhecer gente, culturas, lugares. Comunicação é o meu forte e inteligência social é o meu grande dom: conecto as pessoas com a maior naturalidade. E se você quiser saber no que eu sou boa mesmoooo, eu digo: meu melhor é conversar e escutar. Sou uma interessada no outro e uma entusiasta da vida! E eu acredito muito no poder de transformação da vida através da comunicação. Sou uma ativista do autoconhecimento.

Minha formação explica muito o que eu faço: tenho graduação em Publicidade pela ESPM-Sul; pós-graduada em Gestão de Pessoas, pela Faculdade de Administração da Ufrgs (2006), e em Produção e Comunicação Cultural pela Facultat Ramon Llull, de Barcelona (2007). Realizei a formação de Liderança Empresarial e Comunitária no INSPER/SP e na Rutenberg Institute, em Israel (2014); e sou certificada em Potencialização Humana pela Cinco/RJ (2017) e em Coordenação de Grupos pelo SBDG/POA (2018). Em 2015, participei da imersão com o ator e palhaço Marcio Libar, no Rio de Janeiro, e essa vivência foi um divisor de águas pra mim. Foi a partir desse trabalho que me dediquei profundamente aos estudos e experiências diversas dentro do campo do autoconhecimento. 

Deu para sentir que sempre mesclei comunicação, autoconhecimento e meu interesse por pessoas. Sou natural de Porto Alegre e, atualmente, moro no Rio de Janeiro.

2 - Por que escolheu trabalhar com Comunicação?

Olha, eu fui uma adolescente que viveu na cadeira do dentista. Eu usava aparelho daqueles de metal, lembra? Então, toda a semana eu estava na dentista apertando o tal do aparelho (foi ótimo, pois hoje o meu sorriso é uma das minhas marcas registradas!) e por isso eu tinha certeza de que queria ser dentista. No terceiro ano do colégio, fui visitar a Faculdade de Odontologia da Ufrgs. Ao ver aquelas cadeiras de consultório dentário, me questionei: sendo dentista, passarei todo o tempo tendo monólogos com os pacientes. Eu vou ficar falando sozinha e eles respondendo "ahã". Será que é isso mesmo o que eu quero? Essa reflexão foi o divisor de águas para mim. A partir desse cenário, fiz um resgate mental em todos os trabalhos do colégio que eu fazia e eram sempre criativos, eu sempre me relacionei com muitos grupos, sempre fui amiga da galera, construía cartões de aniversário com montagens de fotos e colagens. Foi assim que eu decidi ir para a área de Comunicação. E, hoje, se eu fizesse alguma faculdade, eu faria psicologia, pois eu me encanto em entender o ser humano. 

3 - O que a levou a mudar o posicionamento de sua empresa?

Há muitos anos, já havia uma inquietação dentro de mim. Um certo desconforto, pois a gente sempre entregava muitas soluções em comunicação para o cliente, além de assessoria de imprensa, mas eu não contava isso pra ninguém, não sabia muito bem como monetizar, etc. Então, esse sentimento já existia. 

Quando veio aquela primeira semana do fique em casa, todos os nossos clientes abriram grupos de gestão de crise. Me senti como um soldado em prontidão, sabe? Mal dormia, num nível muito elevado de ansiedade, cheia de medos. Percebi que, dessa forma, eu não teria fôlego para segurar o que poderia vir pela frente e foi aí que lembrei de Darwin: irão sobreviver aqueles que se adaptarem mais rápido. Foi a partir disso que percebi que eu precisava reposicionar o negócio. 

Sinceramente, eu pensei: cheguei até o dia de hoje fazendo o que estou fazendo. O que eu ainda não fiz por mim? O que eu posso transformar e como? Dessa forma, percebi que eu nunca tinha contado para o mercado tudo o que a gente faz, nunca nos posicionamos e que agora era a hora. 

Assim, percebi que temos todas as ferramentas para atender aos clientes de forma mais completa: formação em propaganda e marketing, muita experiência em assessoria de imprensa - ainda contando com duas superjornalistas no time: Caroline Moura e Andressa Riquelme - e que meu maior talento é a inteligência social, fazer conexões. Foi um processo de dentro pra fora: puro autoconhecimento. Quando decidi o reposicionamento e fui apoiada pela minha equipe, me senti integrada com a minha essência. Com coerência. 

4 - Quais são suas expectativas diante desta transformação?

Nosso desejo é abraçar ainda mais o cliente, com um cardápio completo em comunicação. Ajudá-lo a criar uma boa narrativa para trabalhar na mídia com desdobramentos estratégicos para o digital. Queremos contar boas histórias e impactar positivamente os clientes dos nossos clientes.

Para vocês terem uma ideia, e fica aqui um elogio e agradecimento ao Coletiva: a publicação de vocês sobre o nosso reposicionamento abriu conversa com possíveis clientes e efetivamente fechamos alguns contratos novos. Ciclo virtuoso, né? 

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Com todo esse contexto de incertezas devido à pandemia, que afeta a todos no mundo, confesso que é um desafio pensar em cinco anos. De uma forma bem direta e reta: quero estar viva, ativa com meus negócios, auxiliando com que mais marcas tenham uma comunicação inteligente gerando conexões poderosas. Sempre com coerência, honestidade e credibilidade - afinal, foram esses pilares que fizeram a gente chegar até aqui. A médio prazo estabelecemos - minha equipe e eu - uma meta: nós vamos sair mais fortes dessa grande travessia da Covid-19 e, quando vier a onda grande - pois ela vai vir em algum momento -, nós vamos surfá-la. E, para que isso aconteça, precisamos seguir treinando o surf agora. Sempre em movimento.

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