Cinco perguntas para Filipe Kunrath

Proprietário da rádio Imortal acredita no desenvolvimento dos veículos identificados com os torcedores

13/07/2023 11:00
Cinco perguntas para Filipe Kunrath /Crédito: Divulgação

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu sou Filipe Kunrath, nascido em Porto Alegre, mas criado em Balneário Pinhal. Sou jornalista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com passagens pelas rádios Gaúcha e Grenal e, agora, dono da rádio Imortal, juntamente com César Fabris, e um dos dos sócios da Club+. Além disso, já tive diversas experiências com assessoria de imprensa, tanto institucional como desportivas - que é o meu principal ramo -, pelas quais atuo com jogadores. Já fiz assessoria de imprensa pessoal do presidente Alberto Guerra na campanha à presidência do Grêmio. Trabalho com Pedro Henrique, Douglas Costa e Diego Souza. Já assessorei o Ferreira, enfim, alguns jogadores que passaram recentemente pela dupla Gre-Nal.

2- Por que você decidiu estudar e trabalhar com Jornalismo?

Na realidade, parece que tudo conspirou para isso e as minhas paixões sempre foram se unindo em torno de alguns dos pilares e princípios do Jornalismo. Eu, desde muito cedo, sempre fui apaixonado por futebol. Tentei ser jogador, mas isso acabou não acontecendo. E o Jornalismo sempre esteve lado a lado com isso.  Tanto de começar a Zero Hora lendo de trás pra frente como uma formação literária na questão da escrita, que foi algo que trabalhei por muito tempo, até pelo fato da minha mãe ser professora de português. Com o tempo, tornou-se a única opção, apesar de ter outras indicadas pela família. Depois de entrar na Ufrgs e poder cursar a Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico), fui cada vez mais ampliando esse espectro dentro do Jornalismo, daquilo que é importante para a sociedade, do nosso papel enquanto profissional, na questão de moldar o debate público. A partir daí, já sabia que o Jornalismo seria o meu o meu chão, trabalhando com futebol, majoritariamente, mas também circulando em outras áreas.

3- No início de fevereiro, estreou o programa 'Meia Cancha' nas rádios ABC, Imortal e Inferno. Como você avalia o desenvolvimento da atração?

Na realidade, o 'Meia Cancha' foi uma experiência que a gente teve que acabou sendo descontinuada. Mas foi feita pensando muito mais em um contexto de um início de uma parceria a longo prazo das rádios Imortal e Inferno, com programações casadas e pré-produção da Club+. Cada veículo manteve a sua individualidade, com a sua liberdade criativa e com a possibilidade de seguir a linha editorial que quisesse. 

A gente tem uma relação espetacular com o Wagner Jung e a rádio Inferno e somos sócios na Club+, que são os produtos que envolvem as duas rádios. Então a gente está projetando algumas transmissões de competições de categoria de bases e com imagens, nas quais a Imortal ficaria responsável pelos jogos do Grêmio, a Inferno pelos jogos do Internacional. Ações casadas entre as duas rádios. 

4- Você também é co-CEO do Club+ - hub de editorias esportivas que engloba os canais Imortal e Inferno. Como você avalia o crescimento de veículos identificados com os times de futebol? Você vê isso como positivo para a Comunicação?

Acho que esse é um movimento que veio para ficar. E você tem que saber se adaptar e, principalmente, trazer atrações novas para o seu público-alvo. É isso que a gente tem tentado fazer ao longo de todo esse período da rádio Imortal. A gente teve um crescimento de audiência absurdo desde o começo do projeto. Por exemplo, a gente já esteve no top três de canais do Rio Grande do Sul, atrás da rádio Gaúcha e do César Cidade Dias, com 130 mil visualizações em toda a nossa jornada.

Então a gente conseguiu uma consolidação justamente por entender que existia um nicho para se explorar, em que há o Jornalismo identificado, a torcida, o entretenimento, a brincadeira, mas também há o Jornalismo por trás, a notícia e o mostrar o que os outros não mostram. Então isso é o que fazemos hoje, tanto a rádio Inferno como a Imortal. Eu vejo que, cada vez mais, quem fizer um Jornalismo sério, aliado ao sentimento de torcedor, conseguirá crescer nesse setor de Jornalismo identificado com os times de futebol.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Daqui a cinco anos eu me vejo trabalhando com Jornalismo, com futebol e cada vez mais consolidado nas minhas áreas de atuação. Todas elas envolvendo esse espectro amplo que é a questão da Publicidade, das Relações Públicas e do Jornalismo, segmentos de Comunicação aos quais eu entendo bastante e pertenço. Trabalhando para os mais variados clientes, desde o meu veículo próprio de Comunicação, até a minha assessoria de imprensa, passando também por outras áreas dos mercados jornalísticos e, principalmente, de futebol. E, se tudo der certo, estarei morando na praia.