Cinco perguntas para Gabriela Alcântara Braz

Assessora de Comunicação da Critério é encantada pela área Política e tem o sonho de lecionar

Gabriela Alcântra, assessora de Comunicação da Critério. Crédito: Lucas Dalfrancis

1- Quem é você, de onde vem e o que faz?

Nasci em Sete Lagoas, Minas Gerais, onde vivi até os 18 anos. Em 2004, acompanhei minha família em mudança para Caxias do Sul, terra natal de minha mãe. Foi na Serra Gaúcha que iniciei minha trajetória profissional. Formada em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), trabalhei por dez anos em assessoria de imprensa, na prefeitura da cidade e em empresas do município. Nesse período, concluí uma especialização em Gestão de Marcas, porque sentia falta do branding no meu dia a dia. Quando a gente trabalha com texto precisa ter uma sensibilidade muito grande para captar a essência de uma pauta e sugerir algo que seja realmente de interesse da sociedade. Essa aproximação com o mundo publicitário enriqueceu a minha forma de enxergar a Comunicação.

Com uma visão mais ampliada, em 2015, aceitei o desafio de integrar a equipe de Comunicação do Palácio Piratini, onde exerci a função de diretora de Imprensa. Assessorei diretamente o governador José Ivo Sartori em missões internacionais à Alemanha, à Itália, à França e ao Japão. Cobri toda a pauta que envolvia o relacionamento do Estado com o Governo Federal, por meio de várias reuniões em Brasília com presidentes da República, ministros, deputados, senadores e membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Compreendi como funciona o bastidor político em um momento em que o Rio Grande do Sul trabalhou muito para vencer a crise econômica. Tenho também boas lembranças das atividades no interior do estado, onde conheci as várias culturas que formam o povo gaúcho. Eu me apaixonei pelo Rio Grande e finquei raízes, tanto que construí minha família em Porto Alegre. 

Depois do Governo do Estado, também atuei por um ano na assessoria da Vice-Presidência do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. No período de pandemia, acompanhei pautas importantes relacionadas à Saúde e vi de perto o esforço dos profissionais, tanto no atendimento à população, quanto na busca por respostas na ciência e na pesquisa.

2- Há pouco mais de um mês passou a integrar a equipe da Critério. Quais foram as realizações até aqui? 

A Critério tem uma reputação sólida no Brasil e a qualidade do time de profissionais abriu meu horizonte. Saí da zona de conforto, especialmente pela forma de pensar o conteúdo. O texto é uma construção que envolve pesquisa e análise, mas também tem muito de relacionamento, de transparência e objetividade. Aliás, essa é a essência da Comunicação. Se não conectar com a sociedade, não faz sentido. Por isso, tenho aprimorado muito a minha capacidade de oferecer um conteúdo relevante e confiável. 

3- Quando e por que escolheu fazer jornalismo?

Minha afinidade com o texto vem da infância. Escrevia redações e pequenos livros para publicar no mural da escola e estava sempre estudando Português, especialmente no período de transição para a nova ortografia. Eu tinha convicção, desde muito jovem, de que queria trabalhar com a escrita. Sou discreta, lido melhor com o texto do que com a fala. Às vezes, silencio para ouvir todos os lados da história e expressar um posicionamento. Por isso, acredito que a escolha do Jornalismo foi natural. Não me vejo em outra carreira, apesar de ter exercido funções ligadas à gestão e administração em alguns momentos. Eu nasci para isso.

4 - Na sua trajetória, tem a experiência em Comunicação Política. Esta sempre foi uma área com a qual quiseste trabalhar? Por quê? 

A Comunicação Política tem uma função social. Não basta fazer um bom trabalho de assessoria, é preciso entregar informações precisas, de interesse público, com ampla checagem e respeitando a legislação. Estar jornalista de um governo é ajudar na divulgação correta daquilo que vai fazer diferença, lá na ponta, para o cidadão. Precisa ter jogo de cintura, pelo ambiente dinâmico. É uma área que me atrai muito, pela consciência de estar prestando um serviço que vai gerar resultados coletivos. 

5- Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Conciliar maternidade e carreira, neste momento, é a minha prioridade. Nos próximos cinco anos, em um cenário de pós-pandemia, quero me qualificar, retomar os estudos e fazer um mestrado. Ainda tenho um sonho não realizado, que é o de lecionar. Só quero me aposentar após ter tido a oportunidade de ensinar. A inovação e a tecnologia andam muito próximas do Jornalismo e precisamos nos preparar para esse novo momento. Quero me aprofundar nesse assunto e acredito que há um caminho importante a trilhar. Na vida pessoal, espero poder apresentar o mundo à minha filha, com segurança sanitária e liberdade.

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