Cinco perguntas para Ingrid Oliveira

Produtora de rede do SBT-RS, ela participou recentemente da cobertura do julgamento do caso da Boate Kiss

Ingrid em visita ao estúdio do SBT Brasil em SP - Arquivo pessoal

1 - Quem é você? De onde vem e o que faz? 

Meu nome é Ingrid Oliveira. Tenho 28 anos e sou natural de Porto Alegre. Formei-me em Jornalismo na Fabico/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e atualmente faço pós-graduação em Direito Penal na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). 

Minha experiência em TV começou na Band. Há quatro anos, produzo as reportagens do SBT Brasil aqui no Rio Grande so Sul. Nesse período, atuei na organização de algumas grandes coberturas do SBT, como o julgamento do Lula no TRF4, do Caso Bernardo em Três Passos e, recentemente, do júri da Kiss. 

Considero o período da pandemia um marco na minha trajetória, não só pela dificuldade de se adaptar ao momento. Mas foi na pandemia que surgiu a oportunidade de encarar outros desafios, como a edição das reportagens do SBT Brasil e substituir o editor-chefe no jornal local. 

2 - Como foi para você participar da cobertura do julgamento do caso da Boate Kiss? 

Intenso. Me preparei para estar lá. Li e pesquisei o máximo que pude sobre a Kiss. Mas a verdade é que nada te prepara pra algo assim. E só quando eu já estava lá no Foro Central é que me dei conta de que precisaria encarar esse julgamento por inteiro: com toda a euforia de estar nessa grande cobertura e com todas as dores que a tragédia na Kiss nos traz. E foi assim. Dez dias de uma entrega de corpo e alma - sentimento compartilhado pelas pessoas da minha equipe, com as quais eu dividia expectativas e aflições e que foram essenciais para esse trabalho. 

3 - O que mais atrai você no trabalho em TV? 

Tem uma magia, né? Quem assiste a um jornal e não é do meio sequer consegue imaginar quanta gente está envolvida no processo de colocar uma reportagem no ar. E começa na produção. Quando produzo uma pauta, vou imaginando toda a matéria na minha cabeça. Aí a pauta passa pela construção do repórter, pelo olhar do cinegrafista que consegue captar "A" imagem, pela sensibilidade do editor que dá um "respiro" justamente onde é necessário, pela finalização na ilha de edição... E então aquele VT que eu produzi entra no ar - muitas vezes melhor do que eu tinha sido capaz de imaginar. TV é isso. 

4 - O que gosta de fazer quando não está trabalhando?

Com o tempo fui aprendendo que os momentos de lazer e de descanso são tão importantes quanto os de trabalho. Fora da TV, eu tento me desconectar. Faço meu pilates, meditação ou apenas durmo e vejo séries, sem me culpar. Uma coisa que me ajuda é estar em contato com a natureza (gosto muito de trilhas!) mas nem sempre isso é possível. Então uma das heranças da pandemia foi eu me tornar a "louca das plantas" e trazer a natureza pra dentro de casa (risos).

5 - Quais são seus planos para daqui a cinco anos?

Quero ter experiência em outras funções em televisão, especialmente na edição de texto, mas não sei se daqui a cinco anos ou ano que vem. Tem gente que adora fixar uma meta, mas isso não tem combinado com o meu estilo de vida. E não é que eu não me importe com o futuro, pelo contrário. Cada vez mais tenho vivido o momento presente, o aqui e agora. Minha meta é ser a melhor versão de mim todos os dias, dentro do que é possível. E com a certeza de que tenho dado meu melhor, ir colhendo os frutos no futuro.

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