Cinco perguntas para Laura Gross

Apaixonada pela profissão, repórter acredita que o Jornalismo pode ajudar a mudar a vida de muitas pessoas

Laura Gross atua no 'SBT Sports RS' - Crédito: Arquivo Pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu sou Laura Gross, natural de Lajeado, no Vale do Taquari. Tenho 31 anos, formei-me na Universidade Franciscana em Santa Maria em 2014 e, atualmente, sou jornalista no SBT-RS em Porto Alegre. 

2- O que a motivou a estudar e a trabalhar com Jornalismo?

Minha mãe! Ainda na época da escola, quando chegou o período de decidir o futuro e escolher o curso da faculdade, minha mãe foi a primeira pessoa a dizer: "Tu deverias fazer Jornalismo. Tu és muito comunicativa". Eu não sabia se "só" ser comunicativa seria o suficiente, mas arrisquei. Parece que desde o primeiro dia, quando fiz a primeira aula de Teorias da Comunicação, eu me encontrei. Entendi que ali era o meu lugar e que o Jornalismo é uma paixão.

Desde o primeiro semestre quis me inserir em todas as áreas, busquei fazer estágio, bolsas de estudo, monitorias, enfim. O Jornalismo real me fez enxergar que era esse meu caminho e o lugar certo. Hoje eu atuo na área, porque sinto que essa realmente é minha paixão, porque acredito que com a minha profissão consigo mudar a vida de muitas pessoas, porque hoje entendo a importância de ter a informação correta e clara, porque sei da nossa missão e de como participamos ativamente da vida das pessoas. 

3- Em janeiro, você passou a integrar o 'SBT Sports RS'. Como tem sido essa experiência? Como é voltar a trabalhar com Jornalismo Esportivo?

Eu aprendi a gostar de futebol (como trabalho), quando integrei o grupo de esportes da rádio Guaíba. Sempre fui espectadora, na minha família todos gostam de futebol. E voltar a estar mais próxima desse universo me deixa muito feliz. Acho que o Jornalismo Esportivo, hoje, na TV é muito mais do que somente contar e relatar o jogo dentro das quatro linhas.

A expressão "não é só futebol" faz muito sentido para mim, que busco trazer para dentro do 'SBT Sports RS' histórias da comunidade ou de pessoas que têm ligação com o futebol e muitas vezes são "desconhecidas" do grande público. Na verdade, busco trazer o outro lado dessa modalidade que é paixão nacional. Eu gosto muito de contar histórias, e estou sempre atrás delas. Recentemente tive o prazer de mostrar o trabalho realizado pela ONG MAIS - Multiplicar Amor, que é comandando pela Daisy e tenta, também pelo esporte, dar um futuro digno para os meninos e meninas do Morro da Polícia em Porto Alegre. Conseguimos, inclusive, promover o encontro de três meninos com o Alemão, jogador do Internacional. Isso realmente faz o dia a dia valer a pena e me mostra que tenho andado pelo caminho certo. 

4- Como uma das representantes na área, como você vê a participação feminina no Jornalismo Esportivo? O espaço para a atuação das jornalistas tem se ampliado e qualificado (por exemplo, com relação à segurança, preconceito)?

Acho que conseguimos crescer um pouco. Mas pouco. Lembro que quando entrei para o time de esporte da rádio Guaíba o movimento 'Deixa Ela Trabalhar' estava iniciando e foi algo muito importante para que hoje tivéssemos um pouco mais de respeito na profissão. Muitas mulheres com quem pude conviver enquanto ia aos estádios me ensinaram a ser fortes. Aliás, toda mulher que trabalha com Jornalismo Esportivo precisa ser forte. Por mais que tenhamos melhorado um pouco, temos ainda um longo caminho pela frente. Mas só de termos a união uma das outras e a ajuda para que fosse falado sobre o assunto, para que viessem apoios importantes e representativos, já fez com que nós não deixássemos de brigar, lutar e acreditar que podemos estar onde quisermos. 

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Essa talvez seja a pergunta mais difícil de ser respondida, pelo menos para mim. Nunca fui de fazer muitos planos quando o assunto é minha vida profissional, por exemplo. Mas sonho em seguir acreditando que minha profissão tem esse dom de mudar as coisas e as pessoas. Tenho sonho também de estar em grandes coberturas, grandes eventos e (quem sabe) à frente de um programa também. Por que não, né? A vida é sempre uma caixinha de surpresas. Mas o que é certo é que daqui a cinco anos, eu vou estar casada! (Risos!)

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