Cinco Perguntas para Matheus Beck
Recentemente, o jornalista do Grupo Sinos lançou o podcast 'Olha os papo'

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Matheus Maia Beck, tenho 30 anos, sou nascido em São Leopoldo e criado no bairro Feitoria. Jornalista formado pela Universidade do Vale dos Sinos (Unisinos), atualmente, trabalho no Grupo Sinos, onde tenho a incumbência da produção de conteúdos de Esporte e Geral. Também escrevo principalmente para o Jornal NH, mas permaneço com a coluna semanal no Jornal VS. Nesse espaço, o enfoque é o esporte local.
Por um período, também contribuí com boletins ao vivo à Rádio ABC. Além das incumbências automáticas e presentes na carteira de trabalho, me aventurei recentemente na produção de um documentário (com quatro episódios). Participante no roteiro, tenho aprendido bastante e desenvolvido um material muito bacana com o meu colega do Grupo Sinos Marcelo Collar. Ele é o responsável pelo núcleo audiovisual do grupo e trabalhamos juntos no "Maior Clube do Meu Mundo", documentário que está em produção, tem patrocínio da Penalty e já teve o primeiro episódio publicado nas redes sociais da empresa.
2 - Por que escolheu ser jornalista?
Sempre tive algumas facilidades nas humanas e, também pela paixão pelo futebol, um frequente acompanhamento de Jornalismo Esportivo. Creio que o fato de eu ser uma pessoa comunicativa, extrovertida e com facilidade nas buscas de contatos e relacionamentos interpessoais também facilitaram a minha escolha. O fato da minha inquietude e paixão pela ausência de uma rotina muito "quadrada" também me incentivou a buscar essa profissão.
Não sou idealista ao ponto de dizer que sei somente reportar ou exercer o ofício jornalístico. Acredito na capacidade de reinvenção que temos e até mesmo de mudanças profissionais no decorrer das nossas vidas e pelas necessidades estabelecidas. Não tenho uma história marcante ou digna de uma literatura, mas de fato foi o que sempre tive na cabeça e o que exerço com felicidade e, com o tempo, com evolução e aprendizado.
3 - Como está sendo a repercussão do podcast 'Olha os papo'?
O projeto tem me deixado muito feliz. É natural que nas nossas profissões tenhamos que lidar com atividades que nem sempre são as que sonhamos em executar. E pensando justamente nessa satisfação pessoal que surgiu o projeto. E de maneira 100% orgânica, ele tem gerado bons resultados no Instagram, YouTube e também no Spotify. Como apoio e larga experiência técnica do Anderson Kblo (edição/captação de vídeo) e Matheus Giuseppe (edição/captação de áudio), encaramos um projeto sem nenhum aporte financeiro externo.
Com receitas e equipamentos próprios, assinamos o compromisso de buscar influenciadores, artistas, comunicadores, jogadores de futebol e demais personalidades da nossa região, estado e também do Brasil. Vale ainda agradecer ao Eduardo Kutscher, proprietário do Haka Pub - locação - que abriu e abre as portas do espaço para as gravações, têm apoiado e acreditado na gente.
Somos de São Leopoldo, mas o nosso objeto tem a ambição de extrapolar a região. Estamos usando as primeiras edições (foram apenas seis episódios ao ar até o momento) para aperfeiçoar a qualidade de edição, detalhes de iluminação, cenário, áudio o mais qualificado possível e, o que cabe a mim, evoluir a condução, apresentação do projeto para a construção de um público que nos acompanhe e também melhorar a estratégia e buscar subterfúgios para persuadir grandes figuras a acreditarem no projeto e participarem conosco.
É ambicioso e muito difícil, mas acreditamos muito e esse retorno inicial é um grande combustível para tal. Ah, e sobre o nome, com o perdão da ausência de concordância, é justamente para demonstrar a ideia de informalidade e descontração, sem, obviamente, deixar de lado o profissionalismo na entrega.
4 - Quais são as perspectivas deste projeto para o futuro?
Considero o podcast como uma adaptação dos formatos que têm bombado no País como o 'Flow', 'Podpah', 'Inteligência Ltda', 'Mais que 8 Minutos', de Rafinha Bastos e, no Rio Grande do Sul, tem referência nos conteúdos de entrevistas dos grandes Potter e Duda Garbi. Temos semelhanças e alguns detalhes específicos da nossa identidade visual e editorial. Dinâmica, quadro e sonhos em produzir eventos que envolvam a marca e nos diferenciam estão em alguns passos estudados.
Este primeiro momento era estritamente para um feedback do público próximo e direto. Temos conseguido conversar com convidados que geram grande repercussão e são justamente estes o foco das minhas buscas. Além de apresentar, munir redes sociais, ter produzido a identidade visual, fazer artes gráficas e ter idealizado o projeto, também sou o cara a buscar os convidados. Os retornos têm sido muito legais de grandes figuras do nosso estado.
Com isso, o objetivo que já começa a ser traçado nesta semana é de uma organização de uma estratégia de marketing para a busca de parceiros. Já surgiram alguns interessados em vincular as marcas ao nosso conteúdo, o que me deixa muito feliz e, para que a relação seja de ganho mútuo, estamos estudando um plano de investimentos com diversas possibilidades para impulsionar o nosso projeto e as marcas envolvidas. Queremos uma entrega o mais profissional possível e, nos ajudando nesse momento de relação comercial, foi adicionado o esforço do publicitário e entusiasta dos podcasts, Sérgio Coelho.
Ele soma energias a mim, Anderson e Matheus para que consigamos avançar. Aquele clichê, né? Sozinho ninguém faz nada. Temos todas as ferramentas e condições técnicas possíveis para avançar. Com paciência e foco. E no que diz respeito à parte que me cabe (apresentação e produção), uma satisfação pessoal gigante, felicidade e o compromisso em evoluir a cada um dos programas. Estou feliz e a perspectiva é que esse trabalho me deixe cada vez mais realizado.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Considero que estou ainda no início da carreira. Tenho alguma experiência, já produzi conteúdos para todas as editorias disponíveis no Grupo Sinos, conteúdos paralelos e tenho aprendido a cada ano um pouco mais. Sinto que esse 2021 se apresentou pra mim como uma espécie de virada de chave ou divisor de águas. Ele tem servido para que eu acredite mais no meu potencial e tenha me dedicado, cada vez mais, a projetos que tenham a minha cara.
O difícil período da pandemia também me trouxe coragem. Daqui a cinco anos, pretendo ter o podcast bem evoluído, estabelecido e também espero estar envolvido em mais projetos de comunicação. Me considero um jornalista ainda em formação, que precisa evoluir e aprender muito, mas que, ao longo do tempo, tem se encontrado em vertentes da profissão.
Com a maturidade adicionada pelo tempo, quero, daqui a um, cinco, 10 anos e pro resto da minha vida, estar envolvido em materiais que me deixem feliz, que tenham possibilidade de crescimento e que contribuam também para o surgimento de novas oportunidades para a minha carreira. Aprender e ser feliz são minhas buscas. Não sei onde ou como estarei nesse período, mas creio que permanecerei envolto nesses dois objetivos. E obviamente, sempre aberto a conselhos, convites e possibilidades no meio da comunicação.