Cinco perguntas para Rodrigo Dipp

Profissional coordena as ações de Desenvolvimento, Novas Soluções Digitais, Data Analytics e de gestão da Escala

Rodrigo é formado em Administração - Crédito: Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Rodrigo Dipp. Pai de um casal de filhos, a Manuela e o Luca, e casado com a Ana Flávia. Nasci em Porto Alegre, venho de uma família com uma base estrutural que me foi muito importante do ponto de vista afetuoso, educacional e ético. Acho que venho de um berço, uma cultura, onde a relação com as pessoas é construída de forma transparente, com liberdade de poder falar o que se pensa e buscar melhorias e esclarecimento.

Sou formado em Administração e tenho MBA em Finanças pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e uma M&A focada em Estratégia para Diretor Financeiro no Insper. Ao longo de 19 anos, tive diferentes experiências em gestão financeira na parte estratégica, no desenvolvimento de negócios e na reestruturação de empresas. Passei pelo Grupo RBS, no Rio Grande do Sul, pela GEO Eventos, em São Paulo, e pela Hi-Mídia, no Rio de Janeiro. Agora, venho de uma trajetória de quase nove anos na Escala.

2 - Você tem formação em Administração, mas grande parte da sua carreira foi construída em empresas de mídia. O que o trouxe para a Comunicação?

O mercado de Comunicação é, para mim, muito empolgante sob o ponto de vista de conexão e pela capacidade que tem de fazer com que as pessoas sejam impactadas e repensem. Acho que todos os elementos que circundam a Comunicação me trazem inquietude e vontade de estar dentro desse meio.

Formei-me em Administração e comecei na área de Planejamento Estratégico do Grupo RBS. Foi algo que, de largada, já foi muito encantador: Entender como funcionava uma empresa do setor de Comunicação, como se articulava aquele negócio. Tudo isso sendo a RBS quem é, com a qualificação e o domínio técnico que tem.

Também vejo que a Comunicação é perecível, pois se você perdeu o tempo de uma notícia, um anúncio, uma campanha, se não souber reagir a determinada situação a tempo, isso certamente vai impactar muito no seu cliente ou negócio. Então, acho que toda essa característica própria me instiga.

3 - Em outubro do ano passado você passou a integrar o quadro societário da Escala. Como tem sido essa experiência?

Acho que estar dentro do quadro societário tem dois aspectos. Um de gratidão pela confiança e de olhar para os sócios majoritários, entender a trajetória que eles têm profissionalmente e o que fizeram, coletivamente, para a Escala ser o que ela é hoje - uma empresa que está no cinquentenário. E ainda compreender que, quando olharam para mim, viram que os valores são semelhantes, que a vontade de fazer mais 50 anos da Escala também está presente em mim. Esse reconhecimento que eles me deram me gera muita gratidão e responsabilidade.

Sob o ponto de vista profissional, acho que é uma grande experiência e um novo ciclo. Desde que entrei na Escala, sempre trabalhei muito próximo dos sócios e acho que isso, inclusive, facilitou para que eles olhassem para mim como um possível sócio. Acho que foi o dia a dia, diante das dificuldades e dos desafios que temos para aplicar o nosso conhecimento técnico, conseguir fazer com que a empresa cresça e driblar os desafios, que fez com que isso se tornasse mais natural. Também é um reconhecimento da minha capacidade e do ajuste que temos - a Escala, os sócios e eu. Considerando o momento profissional em que cada um está, com a experiência que tivemos em diferentes trajetórias, isso certamente vai reverberar dentro dessa nova fase minha e da empresa.

4 - Como co-CEO, ao lado da Renata Schenkel, você coordena as ações de Desenvolvimento, Novas Soluções Digitais, Data Analytics e de gestão. Quais são principais desafios da função?

Primeiro, queria dizer que é uma honra estar ao lado da Renata Schenkel, que é uma excelente profissional. Não trabalhamos tanto tempo juntos, mas compartilhamos algumas características muito importantes: o olho no olho, a transparência, de cobrar um ao outro e entender que é uma cobrança para o crescimento de cada um e da Escala. Então, acho que isso nos dá uma relação boa, transparente e de ajuda mútua.

Quando falamos do desenvolvimento de novas soluções digitais, data analytics, gestão e estratégia do negócio, acho que tem um desafio forte. Temos um negócio com uma exigência de grau de resposta muito rápido, considerando o core do serviços que hoje estão postos no mercado. Mas, ao mesmo tempo, com a tecnologia, os marcadores de sucesso estão mudando. A exigência de estar acompanhando o mercado, fazendo o plug-in de novos serviços e profissionais, para que eles aportem técnicas complementares, e que eu consiga, por meio da criatividade, potencializar, por exemplo, os dados, ou que eu consiga, pelo data analytics, potencializar a criatividade, é algo que me traz muito foco e uma expectativa grande.

Tenho certeza que ter esse braço, focado no desenvolvimento de novas soluções digitais, com um núcleo já formado em data analytics, e ter, na essência técnica da Escala, a criatividade como centro e motor de propulsão, cria um potencial grande para nossos clientes. Vejo, cada vez mais, que a combinação da tecnologia, dessas novas soluções digitais, com a criatividade e a forma de comunicar, com clareza e entendimento do benefício que isso pode trazer para os clientes, tem um impacto muito grande e me dá vontade de fazer acontecer, para enxergar o potencial da Escala. Esse é o grande segredo em termos de motivação e atratividade.

Mas os desafios são grandes, sempre que falamos em desenvolver novos serviços, estamos também falando em tentar prever as circunstâncias, em não se frustrar com eventuais erros e em ter serenidade e foco para corrigir e superar problemas. Isso faz com que eu, às vezes, entre em um campo que mistura o lado mais racional, com o criativo. E que combinação dá isso? Como juntar isso? Como eu posso fazer para aliar perfis diferentes de profissionais para que eles, juntos, me tragam bons frutos? Então, acho que esses são os desafios. Fora o fato da renovação, estar enxugando gelo, mas, nesse caso, no bom sentido, pois na medida que vêm novos serviços, outros que eu já tinha vão ficando mais desatualizados. Então, tenho que estar sempre compreendendo esse ciclo e restabelecendo possibilidades e tecnologias para dentro do core da Escala.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Acho que o grande ponto é chegar ao final do quinto ano, olhar para trás e sentir orgulho do que foi feito. E o que me daria orgulho seria ver a Escala sendo triplicada em três anos, com uma série de desenvolvimento de novos negócios e um escopo cada vez mais complementar e forte. Alcançando ainda mais reconhecimento no cenário nacional, pelo conhecimento que tem do consumidor e pela alta capacidade criativa. Também sendo uma empresa com alto grau de desejo dos profissionais de estarem lá, em um ambiente em que possam se desenvolver. Que possuam gosto pelo crescimento e, assim, sejamos uma pista de voo para eles e para os clientes. Por fim, que a gente veja o reconhecimento desse trabalho e que, efetivamente, os clientes sintam isso, que consigam ver o valor dessa parceria.

Outro ponto que acho fundamental é ter capacidade e me sentir empoderado, para que possa olhar para os próximos cinco anos e estabelecer um grau de desafio de crescimento mais forte do que esse que foi galgado até então. Sentir que tenho um time de profissionais fortes e uma empresa que, junto com a competência técnica e forma de agir, te permite sonhar alto. E também, que eu, os três sócios que me colocaram nessa posição e os outros novos sócios possamos olhar um para o outro e sentir orgulho do trabalho feito, com uma confiança cada vez maior.

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