Cinco perguntas para Tales Armiliato

Ele recebeu o prêmio Medtronic de Jornalismo, na categoria Radiojornalismo, promovido pela empresa Edelman Significa, de São Paulo

1. Quem é você, de onde veio e o que faz?
Um cara simples, que leva a vida na plenitude de fazer o bem acima de tudo. Alguém que adotou o Jornalismo como profissão por se identificar com as causas humanas e sociais. O Jornalismo tem, sim, um importante papel social, está no seu DNA. Fazer Jornalismo me realiza. A comunicação tem sido uma importante ferramenta para denunciar as irregularidades presentes em diferentes áreas da sociedade. Denunciar não significa atacar, mas procurar ajudar aos que, infelizmente, no nosso País, ainda não têm vez e voz: os humildes e simples de coração. Nosso país ainda precisa de corajosos profissionais que possam lutar contra tantas irregularidades que afetam os cidadãos brasileiros no dia a dia.
Sou natural de Campestre da Serra (RS) e há 15 anos resido em Caxias do Sul. O objetivo foi chegar na cidade para iniciar a graduação em Jornalismo pela Universidade de Caxias do Sul. Formei-me no ano de 2002 e em 2010 também concluí o mestrado em Letras, Cultura e Regionalidade, também pela UCS. Atualmente, sou apresentador de diversos programas da Rádio São Francisco SAT, de Caxias do Sul, e da RedeSul de Rádio. Acumulo também a função de repórter. Também desenvolvo atividades na área de assessoria de imprensa.
2. Como foi vencer o prêmio Medtronic de Jornalismo?
Um momento de grande alegria. Em minha trajetória como profissional, atuando no rádio desde muito cedo (ainda aos 13 anos), tive a oportunidade de chegar aos 34 com mais essa conquista e  o reconhecimento de muitos outros prêmios no Jornalismo gaúcho e nacional. O prêmio de Jornalismo Medtronic  foi um momento importante, porque, mais uma vez, tive como revelar em uma reportagem especial e que levou o primeiro lugar, como um pequeno aparelho chamado marcapasso pode ser o responsável pela continuidade da vida de muitos brasileiros.
Por outro lado, receber mais um prêmio significa que nosso trabalho está no caminho certo e aumenta cada vez mais a responsabilidade com a informação. Sem dúvida, esta foi uma premiação que contempla o dinamismo de um trabalho silencioso, mas de muita competência, acredito, e voltado a todos os ouvintes da São Francisco SAT e da RedeSul de Rádio.
3. O que todo jornalista de rádio precisa saber?
Estar sempre ligado na informação. Usufruir de boas fontes, confiáveis e íntegras, que possam ilustrar ainda mais sua credibilidade perante os assuntos abordados. Ouvir todos os lados da notícia e buscar a imparcialidade. Ser um jornalista ético e comprometido com a verdade. A veracidade dos fatos e o jeito de como você os interpreta sempre será fundamental. Relatar a notícia, todos relatam. O importante é saber como fazer isso.
Somos contadores de histórias. O jornalismo é assim. A história deve ser bem contada e nós não podemos ser a notícia. Somos apenas um personagem dela e que deve ficar "apagado", na maioria das vezes. Somos o elo da informação com o ouvinte, com o leitor ou o telespectador.
4. O que mais lhe dá prazer na profissão?
A oportunidade de falar para todos, indiferente de cor, religião, grau de estudo ou situação financeira. O rádio ainda é o meio que atinge a todos os brasileiros e a todas as camadas da sociedade. Nós devemos saber usar da objetividade do meio, da simplicidade e da coerência. Contar histórias que façam a emoção tomar conta das pessoas. O Rádio é fantástico porque ele não tem apenas um único jeito ou estilo.
5. Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Nossa vida deve ser de planos e na procura de novos desafios. Minhas funções como repórter e apresentador de rádio são prioridade e pretendo continuar nessa área, talvez aperfeiçoando ainda mais com um doutorado, quem sabe.
Depois de mais de 20 anos na profissão, tive oportunidade de também lecionar na área através de um trabalho voluntário. Gostei muito desta experiência e do processo de troca com os alunos. A pesquisa sempre foi uma área que me fascinou. Talvez esse caminho possa ser um plano para o futuro. Crescemos na leitura e no aprendizado, mas nas relações de troca. A sala de aula dá muito isso. É bom lembrar o que já colocamos anteriormente: "O jornalismo nos fascina a cada momento, sempre!".
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