A trajetória profissional do diretor Jorge Furtado será celebrada com uma programação que reunirá a maioria de seus longas, curtas e episódios produzidos para a televisão. Trata-se da 'Mostra Especial Jorge Furtado - Múltiplas Narrativas', promovida pela Cinemateca Paulo Amorim. As exibições, que marcam os 40 anos da carreira do cineasta gaúcho, se iniciam nesta quinta-feira, 27, Dia do Cinema Gaúcho, e seguem até 4 de abril, na Sala Eduardo Hirtz. As sessões são gratuitas e sujeitas à lotação da sala. A Cinemateca é vinculada ao Instituto Estadual de Cinema (Iecine), instituições da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac).

Com seleção do pesquisador Glênio Póvoas e da coordenadora e curadora da Cinemateca, Mônica Kanitz, a mostra oferece títulos como 'Ilha das Flores' (1989), um dos filmes mais premiados do cinema brasileiro. Além disso, curtas feitos para projetos especiais, como 'Cretinália' (2020) ou 'Até a Vista' (2011); os sucessos 'Saneamento Básico, o Filme' (2007) e 'Meu Tio Matou um Cara' (2004); 'Homens de Bem' (2001), produzido para a televisão. Também, o episódio 'Anchietanos' (1997), da série 'Comédias da Vida Privada', da TV Globo. 

Além disso, está prevista na programação a pré-estreia de 'Virginia e Adelaide', em codireção com a cineasta Yasmin Thainá e ainda inédito nos cinemas. 'O Homem que Copiava' (2003) também está na programação e será apresentado pela Sessão Accirs, entidade associativa dos críticos de cinema do Rio Grande do Sul.

Importância de Jorge Furtado

A programação destaca ainda a relação de Jorge Furtado com a literatura, o teatro e o universo dos jornalistas e dos autores de ficção. O curta 'A Biblioteca de Jorge Furtado' (13 min), com roteiro e direção de Glênio Póvoas, foi produzido especialmente para compor a mostra e será exibido em algumas sessões. Com narrações extraídas de vários filmes, a produção destaca a importância dos livros na filmografia de Jorge e mostra como seus personagens, em vários momentos, estão envolvidos com a leitura. A biblioteca que o cineasta mantém em casa, de cerca de 9 mil títulos, é protagonista da produção.

"Quatro décadas de carreira é uma data marcante para comemorar, mas acreditamos que não faltam motivos para ver e rever Jorge Furtado na tela grande. Com seu talento incomum para contar histórias, Jorge é hoje um dos principais nomes da cena audiovisual do País", destaca Mônica Kanitz. Furtado nasceu em 9 de junho de 1959, chegou a cursar Medicina e depois optou pelo Jornalismo - faculdade mais próxima da vontade que ele tinha de fazer cinema. "Para nossa sorte, ele desistiu de ser médico e optou por oferecer receitas visuais baseadas na criatividade, na comédia, na crítica social, na comunicação popular e no texto sempre afiadíssimo", comenta Glênio Póvoas. 

A mostra conta com recursos da Lei Paulo Gustavo na sua realização. Mais informações, como sinopses e fichas técnicas dos filmes que serão exibidos, podem ser encontradas aqui.