Festival de Cinema de Gramado homenageia Ingrid Guimarães e Lucy Barreto
Profissionais receberão os troféus 'Cidade de Gramado' e 'Eduardo Abelin', respectivamente, na 51ª edição do evento

Mais duas mulheres serão homenageadas no 51º Festival de Cinema de Gramado. A atriz Ingrid Guimarães receberá o 'Troféu Cidade de Gramado' e a produtora Lucy Barreto, o 'Eduardo Abelin'. A edição deste ano registra um feito histórico: pela primeira vez o evento dedica as distinções a cinco mulheres. Além delas, serão agraciadas Laura Cardoso e Léa Garcia, com o 'Oscarito', e Alice Braga, com o 'Kikito de Cristal'. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira, 11, em evento no Rio de Janeiro.
Rosa Helena Volk, presidente da Gramadotur, acredita que o fato reflete a notoriedade da visão feminina no audiovisual. "Relembramos a história com Léa Garcia e Laura Cardoso, pilares fundamentais do audiovisual, e vamos aos novos nomes que levam ao exterior a qualidade do nosso cinema com Alice Braga", destaca. "Saudamos também Lucy, uma produtora que está marcada na cinematografia do nosso País, e Ingrid, que levou milhões de pessoas ao cinema para acompanharem suas obras", completa.
Dedicado a nomes ligados ao município e ao Festival e que contribuíram para o crescimento e divulgação deles, o 'Cidade de Gramado' foi entregue pela primeira vez em 2012 à atriz Eva Wilma. Já o 'Eduardo Abelin' é concedido a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do segmento brasileiro. A honraria, criada em 2001, leva o nome de um dos pioneiros do cinema gaúcho, o diretor Eduardo Abelin. O primeiro a recebê-lo foi o cineasta Carlos Reichenbach.
Sobre as homenageadas
Natural de Goiânia, Ingrid Guimarães possui mais de 35 anos de carreira no teatro, na televisão e no cinema. Na sétima arte, são mais de 20 trabalhos, com destaques para a trilogia 'De Pernas Pro Ar' (2010-2019) e 'Fala Sério, Mãe' (2017). Em janeiro de 2024 deve ser lançado o longa 'Minha Irmã e Eu', estrelado ao lado de Tatá Werneck. No currículo, tem indicações às premiações como 'Grande Prêmio do Cinema Brasileiro' e 'Prêmio Acie de Cinema', promovido pela Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira (Acie). Sobre a valorização do mercado nacional, Ingrid é categórica: "É preciso manter o nosso público fiel ao cinema brasileiro, senão daqui a pouco vamos estar consumindo apenas séries gringas e filmes de super-heróis".
Mineira de Uberlândia, Lucy Barreto tem 90 anos e desde o final da década de 1960 se dedica à carreira cinematográfica, iniciada em parceria com o diretor Cacá Diegues, como assistente de cenografia em 'Os herdeiros', de 1968. A estreia como produtora foi na década de 1970, em 'O Homem das Estrelas', de Jean-Daniel Pollet. Na trajetória produziu obras como 'Dona Flor e Seus Dois Maridos' (1976), vencedor de três Kikitos, 'Bye Bye Brasil' (1980), 'O Quatrilho' (1995), indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, e 'Flores Raras' (2013).
Casada com Luiz Carlos Barreto, ela é mãe dos também profissionais da área, Bruno e Fábio Barreto. A profissional recebe a distinção com alegria e gratidão. "Gramado faz parte da minha vida e da história da empresa que construí ao lado de Luiz Carlos e que completa seis décadas este ano", revela.
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