Filme 'Aba Larga' encerra filmagens com cenas em Porto Alegre

Ciclo se finaliza nesta sexta-feira, após ter percorrido diversas cidades do interior do Estado

Equipe responsável pelo projeto finaliza filmagens em Porto Alegre. - Crédito: Breno Fixman / Divulgação

As gravações do longa-metragem 'Aba Larga', dirigido e protagonizado por Emiliano Ruschel, se encerram em Porto Alegre entre hoje, 16, e esta sexta-feira, 17, das 11h às 23h. A Capital recebeu as cenas finais do western gaúcho, que já havia passado por Santa Maria, Itaara e Silveira Martins, completando um ciclo de filmagens que percorreu o interior e a capital do Rio Grande do Sul.

As locações incluíram o Cemitério Municipal, a sede da Brigada Militar, uma ferrovia, um trem em movimento, um sítio na zona rural e um apartamento. Ambientado nos anos 1960, o filme acompanha o ex-capitão Júlio Tedesco, interpretado por Emiliano, convocado a investigar o assassinato de um oficial. A trama aborda temas como honra, dever e violência institucional, entre batalhas e perseguições.

O elenco conta com nomes como Angela Dipp, Eduardo Estrela, Jairo Mattos, Juliana Silveira, Roberto Birindelli, Werner Schünemann e Zé Victor Castiel. Com 25 diárias de filmagem, a produção envolveu mais de 80 profissionais, 240 figurantes e dezenas de cavalos, além de apoio da Brigada Militar para garantir autenticidade nos uniformes e protocolos.

Contemplado pela Lei Paulo Gustavo 2024, 'Aba Larga' revisita a história dos patrulheiros conhecidos como Abas Largas e busca recolocar o western gaúcho no Cinema nacional. O filme, produzido pela Ruschel Studios, tem estreia prevista para dezembro de 2026 e integra a sequência de projetos do diretor, que inclui 'O Velho Fusca', 'Segredos' e 'Quarta-feira de Cinzas'.

Durante as gravações, o set também foi cenário de reencontros marcados pela memória. Em Arroio Grande, o figurante Marcos Oliveira, de 76 anos, ex-integrante dos Abas Largas, reconheceu a colega Janine Bernhard como filha de um companheiro de farda. "É uma experiência intensa e simbólica filmar nesses locais históricos, ao lado de pessoas que vivem e respiram esse território. A gente sente que está reconstruindo memórias e, ao mesmo tempo, criando um novo mito para o nosso cinema", finaliza Emiliano.

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