Juremir Machado da Silva realiza debate sobre seu novo livro

Encontro sobre a obra 'Escola da Complexidade/Escola da Diversidade: Pedagogia da Comunicação' acontece na Feira do Livro de Porto Alegre

O interesse pelo tema veio pelas experiências do autor como professor e pesquisador - Crédito: Divulgação

O jornalista, pesquisador e professor da PUCRS Juremir Machado da Silva realizará neste domingo, 29, uma conversa sobre o seu novo livro, 'Escola da Complexidade / Escola da Diversidade: Pedagogia da Comunicação', durante a 69ª Feira do Livro de Porto Alegre. O debate sobre as ideias expressas na obra acontecerá no auditório do Memorial do Rio Grande do Sul (Rua Sete de Setembro, 1020 - bairro Centro Histórico), às 18h, e, logo depois, a partir das 19h, o profissional fará uma sessão de autógrafos na praça de autógrafos do evento (Praça da Alfândega - bairro Centro Histórico). A nova obra de Juremir aborda a forma como a educação é modificada em função do desenvolvimento das tecnologias.

"A sala de aula de hoje já não é a mesma de ontem, e a de amanhã será ainda mais diferente da atual", revelou em entrevista à equipe do Coletiva.net. Para o autor, a relação em sala de aula se torna cada vez mais complexa no momento em que ferramentas virtuais podem ser utilizadas pelos estudantes para fazer trabalhos, exigindo uma adaptação rápida dos professores neste novo cenário. "Como evitar que uma tese seja feita por Inteligência Artificial (IA) e não pela inteligência natural de um doutorando?", questiona. Além disso, também destaca que tanto alunos quanto docentes devem refletir sobre seu papel em um mundo em que a IA pode fazer coisas que antes somente os seres humanos eram capazes.

A ideia de lançar esse livro não surgiu de repente. Em suas pesquisas, Juremir sempre se interessou pela tecnologia da Comunicação, então começou a pensar sobre como ela afeta as escolas do mundo inteiro. Ademais, sua experiência de mais de 30 anos trabalhando como professor contribuiu para a curiosidade aumentar. "A escola pode ser um espaço de emancipação ou de reprodução do status quo. As instituições diferem de um país para o outro, entre estados e até mesmo na mesma cidade." O jornalista acredita em colégios capazes de preparar estudantes para a inserção na vida do trabalho por meio da educação pela relação, e não pela transmissão.

Há duas formas de encarar a IA, de acordo com Juremir: alguns sentem medo que tomem o lugar do ser humano, e outros acreditam ser uma ferramenta útil que precisa ser dominada. "A IA está aí, é uma realidade incontornável, resta saber o que vamos fazer com ela, ou o que ela vai fazer com a gente."

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