Paulo Pimenta afirma que País enfrenta esquema profissional de desinformação

Ministro-chefe da Secom relata cenário semelhante ao de uma guerra, com serviço de contrainformação em meio às enchentes enfrentadas pelo Rio Grande do Sul

Paulo Pimenta relata fake news envolvendo a Anvisa, o Exército e campanhas no WhatsApp - Crédito: Reprodução

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou que o governo e a sociedade brasileira enfrentam um esquema profissional de desinformação. O político condenou as Fake News espalhadas em meio às enchentes do Rio Grande do Sul. "É como em uma guerra, um serviço de contrainformação. Estou convencido disso", relata.

O ministro não é o primeiro a apontar e condenar os atos, visto que muitos cidadãos têm se incomodado com a situação, assim como o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors), que se juntou com federações nacionais e internacionais para publicar uma nota diante do cenário instaurado. Paulo destaca que a cada dia uma fake news nova é criada com o intuito de prejudicar e impedir o trabalho das operações de resgate.

Um dos exemplos citados pelo ministro-chefe foi a informação, propagada por dois médicos, de que aviões particulares com doações de remédios estariam sendo impedidos de chegar em Porto Alegre pela Anvisa. "A Anvisa não fiscalizou nada disso, é uma mentira completa que já foi desmentida." Ele ainda tratou sobre a oferta de apoio, supostamente negada, oferecida por outros países. "Gente, por que razão os comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, que estão empenhados 24 horas por dia no trabalho de resgate e salvamento, com milhares de homens envolvidos no limite da capacidade física e emocional, negariam alguma ajuda, algum apoio?"

Além disso, o político relata ter descoberto recentemente uma campanha realizada pelo WhatsApp orientando pessoas a comprarem o máximo de produtos possíveis nos mercados, "claramente apostando em um desabastecimento da capacidade de suprimentos". Por fim, Paulo solicita também ajuda da população. "Lamento profundamente e digo para as pessoas: 'temos que denunciar para a Polícia Federal, para a Advocacia-Geral da União (AGU), e tratar como crime quem saqueia casas e mercados, quem rouba barcos e jet skis, e também quem dissemina fake news'."


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