Sindjors luta pelos direitos dos jornalistas em um ano difícil para a categoria

Laura Santos Rocha, presidente do Sindicato, revela que um esforço foi feito para apoiar profissionais psicológica e judicialmente

Laura destaca que evento de encerramento das comemorações dos 80 anos do Sindjors foi um "magnífico encontro entre jornalistas" - Crédito: Arquivo pessoal

A categoria de jornalistas passou por um ano difícil em 2023, aponta Laura Santos Rocha, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors), pois, apesar do fim do período pós-pandêmico, sequelas físicas, psicológicas e emocionais deixaram um impacto na população mundial, inclusive nos profissionais de imprensa, que foram desafiados e precisaram se reinventar. Em um ano de celebrações dos 80 anos do sindicato, a gestora revelou para o Coletiva.net que precisou criar mecanismos de apoio para colegas e que a corporação lutou pelos direitos da profissão.

O Sindjors abraçou muitas lutas de jornalistas durante o ano, entre as principais, Laura destacou a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2023/2024, que resultou em um aumento real para jornalistas e sem parcelamento do pagamento, algo que não acontecia havia 13 anos. O sindicato também participou de campanhas da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), em especial pela PEC do Diploma. "Participamos com uma comitiva da Fenaj e representantes de 16 sindicatos filiados do 'Ocupa Brasília', um trabalho incansável de corpo a corpo com parlamentares, na capital federal, para garantir os 308 votos necessários para aprovar a PEC nº 206/2012, que restabelece a obrigatoriedade do diploma em jornalismo para exercer a profissão", relatou.

Em setembro de 2023, foram encerradas as comemorações dos 80 anos do Sindjors em um "magnífico encontro entre jornalistas", como descreve Laura, realizado no Multipalco do Theatro São Pedro, com apresentações musicais, homenagens aos profissionais e exposição de fotografias e livros. "O evento também recolheu doações aos atingidos pelas enchentes que foram encaminhadas para a Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT/RS) fazer a distribuição." 

Laura ressaltou diversas dificuldades enfrentadas pela categoria ao longo dos anos, como a pandemia, as fake news, a precarização da profissão impulsionada pela não exigência do diploma, a violência durante o período eleitoral, os ciclones, as enchentes e as guerras. Porém, apesar de todos esses fatores, o número de sindicalizados está crescendo, evidenciando a força do Sindjors. "Vimos a categoria se unir e fortalecer, e reconhecer o papel do Sindicato em todas essas ocasiões", afirmou.

Ela também reiterou que as finanças estão equilibradas, possibilitando o pagamento de dívidas e das despesas fixas. Por fim, a profissional pede o apoio para 2024, a fim de que possam continuar com as portas abertas e prestando serviços para a categoria. "Esperamos que os colegas percebam que, com o fortalecimento de nossa entidade, todos nós nos fortalecemos", finalizou.

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