Fiergs divulga resultados sobre os impactos da Covid-19 e influenza na indústria

Conforme o estudo, nove em cada dez empresas gaúchas (87,2%) sofreram com os efeitos das doenças no primeiro bimestre de 2022

A pesquisa foi realizada de 1º a 10 de fevereiro e ouviu 187 indústrias (39 pequenas, 60 médias e 88 grandes) - Crédito: Reprodução

Nesta semana, foram divulgados os resultados da Pesquisa Sondagem Industrial Especial - Impacto da nova onda da Covid-19 e Influenza, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Conforme o estudo, nove em cada 10 empresas gaúchas (87,2%) sofreram com os efeitos da nova onda de covid e influenza no primeiro bimestre de 2022. 

De acordo com a pesquisa, os principais problemas foram o aumento de custos e da incerteza, ambos assinalados por pouco mais da metade dos empresários: 52,0% e 51,6%, respectivamente. A queda da produção (48,1% das empresas) e o atraso nos prazos de entrega (46,6%) também foram consequências relevantes nas organizações. Apenas 12,8% das indústrias não suportaram os impactos da nova onda da Covid-19 e influenza nos primeiros dois meses do ano. 

A pesquisa foi realizada de 1º a 10 de fevereiro e ouviu 187 indústrias (39 pequenas, 60 médias e 88 grandes). Segundo o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, a Covid-19 foi sentida na produção das indústrias, que tiveram que afastar trabalhadores. "Isso significa que houve um freio no aumento do desempenho, provocado também pelas incertezas", relata.  

O estudo aponta ainda que quase toda indústria gaúcha (96,1% das empresas) afastou funcionários em janeiro de 2022 devido ao aumento de casos (ou suspeita) de Covid-19 e influenza. Em média, 9,3% do quadro de trabalhadores. Porém, houve um contingente relevante (27,4% das empresas) que dispensou mais de 10,0%. 

O afastamento de parte do quadro funcional atingiu a produção de 60,1% das indústrias em janeiro de 2022. Apesar da maioria (52,5%) dessas ter registrado um recuo pequeno, um contingente de empresas reportou contrações moderadas (37,5% das empresas) e fortes (10,1%).

Em relação a fevereiro de 2022, 45,9% das empresas acreditam que o problema deve continuar a impactar na produção. Quase dois terços dessas empresas (64,9%) projetam uma pequena queda. Pouco menos de um terço (32,5%) esperam uma contração moderada e 2,6%, uma intensa.

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