A Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) recebeu ontem, 7, cônsules-gerais e honorários em uma reunião-almoço com o objetivo de intensificar a presença internacional das indústrias gaúchas. A ação ocorre em um momento de avanços diplomáticos do Brasil, como a conclusão de um acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a Efta - organização intergovernamental europeia que promove a integração econômica entre seus membros, que atualmente são Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

Durante o encontro, o presidente do Sistema Fiergs, Claudio Bier, agradeceu o apoio estrangeiro na reconstrução do Estado após as enchentes de maio do ano passado. "A representação consular e diplomática tem um papel fundamental na construção de pontes entre nações. São vocês que levam ao mundo as oportunidades que surgem em nosso estado", ressaltou.

Já o presidente da Associação do Corpo Consular do Rio Grande do Sul (Accers), cônsul-honorário da França Roner Guerra Fabris, destacou que a aproximação dos países com a indústria busca abrir portas para novos negócios. "Nosso objetivo é mostrar um panorama econômico do nosso Estado, estreitar relações e criar estímulos para posicionar o Rio Grande do Sul em uma posição cada vez melhor dentro do Brasil", declarou.

Soluções apresentadas

Entre as propostas discutidas pelos cônsules estão o intercâmbio de talentos da indústria, comitivas comerciais para o Estado e promoção de eventos voltados ao ecossistema de Inovação gaúcho. O diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs) e coordenador do Conselho de Comércio Exterior (Concex), Aderbal Lima, se comprometeu em encaminhar as sugestões. " É por meio dessas pessoas que teremos mais competitividade, com mentes mais abertas e globais. Vocês podem ser peças importantes na conexão entre empresas e pessoas", disse.

Além disso, na ocasião, o gerente de Relações Internacionais do Sistema Fiergs, Luciano D'Andrea, também apresentou dados que mostram o potencial de crescimento com os novos acordos comerciais. "O Brasil pode ampliar o acesso a mercados preferenciais, chegando a quase 32% assim que com os acordos com a União Europeia e a Efta", afirmou.

Por fim, o economista-chefe da entidade, Giovani Baggio, destacou que o Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros cuja maior parcela industrial é proveniente das exportações. "Temos uma economia fortemente voltada para o comércio internacional, com um fluxo intenso", concluiu.