Grupo Maven: A tecnologia no auxílio da informação
Ao completar 10 anos de atuação, a empresa não para de crescer e investir na sua expansão
A área é tecnologia da informação, o público é o mercado de mídia. Com uma década de atuação, eles passaram a ser o Grupo Maven, isso porque, ao longo desses 10 anos, estão divididos em duas empresas: a Maven, voltada a produtos digitais e soluções tecnológicas para grupos de mídias e veículos de comunicação; e a Trubr, focada em blockchain, que é tecnologia para armazenamento de dados imutáveis. Embora a segunda não atue com mídia, ela trabalha com tecnologias que impactarão no setor. Já a Maven, empresa que originou o grupo, oferece quatro produtos que atendem a jornais, revistas e portais de notícias. São eles: Mavengaz, Mavenapp, Mavenflip e Mavenpaywall.
Marison Souza, sócio-diretor da organização, cita que as empresas criam produtos os quais seus clientes entreguem o conteúdo aos leitores da melhor forma possível, independentemente do canal. "Desenvolvemos ferramentas para proporcionar essa facilidade. Se, daqui a pouco, surgir algo como o papel dobrável e metalizado, vamos ver como funciona e lançar o nosso produto." Já sobre a Trubr, ele explica que o software produzido já é usado na Europa e está sendo adquirido e utilizado em algumas empresas e órgãos brasileiros. E adianta: esta é a divisão atual. Em breve, terá mais uma empresa.
Ao lado de Marison, que é o responsável pela parte técnica, está a sócia Aline Deparis, que responde pelas questões institucionais. Na visão dela, o grupo atingiu um momento de não ter um produto carro-chefe, pois, apesar do período de maturação que todos os lançamentos exigem, as soluções hoje caminham juntas, tornando as atuações equilibradas. "Muito nos questionam sobre a diferença dos serviços oferecidos. Precisamos esclarecer que atendemos a uma geração mais nova e também uma intermediária. Esta segunda consome informações pela internet, mas também gosta do papel", reflete, ao explicar que seus públicos têm jornadas de consumo diferentes.
Um mundo mais divertido
Na trajetória, a equipe cresceu e o espaço também. Divididos em duas salas no último andar de um prédio na Rua Mariante, os ambientes ainda estão sendo organizados, mas já abrigam profissionais integrados e bastante concentrados. É impossível que quem caminhe pela empresa não observe também as dezenas de artigos de cultura nerd espalhadas pelas paredes, mesas de trabalho e salas de reuniões. Jogos de tabuleiro do Pokémon a pequenos bonecos, passando por almofadas e quadros, são vistos com frequência nos ambientes da sede.
No segundo andar de uma das salas, é onde fica o chamado espaço relax das duas empresas, o q ual ganhou o nome de 'Recanto Nerd'. Para chegar até lá, antes é necessário passar pelo Kudo Wall, um mural de elogios alimentado pelos colaboradores. "É uma bela interação entre eles, e os elogiados acabam postando nas suas redes sociais os recadinhos recebidos", destaca Marison. Fazem parte do local pufes, revistas, jornais, videogame (Xbox 360), tudo à disposição dos funcionários que queiram desopilar por alguns minutos de seus trabalhos.
Quanto às revistas, Marison lembra que há exemplares de diversos assuntos sobre trabalho e linguagem técnica, comunicação e marketing, até livros da Martha Medeiros. "Tem para todos os gostos, não tem censura", brinca. Sobre o videogame, em tom de brincadeira, menciona que "dormir, almoçar e jogar ao mesmo tempo, às vezes, não combina. Então, nós temos que nos dividir nos horários, porque quem joga não dorme e quem dorme não come".
O local é ainda utilizado para realização de algum evento que necessite de um espaço é maior. Lá de cima, a vista é muito bonita. O sócio relata também que, de lá, dá para ver a sede de vários clientes, e teve a ideia de criar um mapa no estilo 360º, sinalizando com um ícone onde eles estão localizados.
Rompendo fronteiras
Por ter atuação internacional, há pouco tempo a empresa teve que se adequar às legislações estrangeiras. A General Data Law Protection (GDPL), lei criada em abril de 2016 pela União Europeia a fim de proteger os dados pessoais dos cidadãos, entrou em vigor em maio de 2018. Com isso, as empresas que querem atuar no setor de tecnologia da informação devem se adaptar a esse regramento. Sendo assim, a Maven emitiu o seu certificado de atuação no Velho Continente. Nesse sentido, Aline conta que a lei que gostaria de ver surgir no Brasil é uma a respeito de inovação que acontecesse na prática. O que a tranquiliza é ver que os governos atuais, sejam eles federais, estaduais ou municipais, já têm olhado com mais carinho para essa pasta.
Por outro lado, a empresa tem como clientes alguns dos principais órgãos públicos do Estado e da federação. O suporte oferecido a esses se difere um pouco dos modelos principais. Para a executiva, a solução que atende às administrações públicas é completamente diferente e funciona como um visualizador de documentos. "Não existe uma solução 100% pronta para governos, pois cada órgão terá o seu sistema antecessor, o qual precisamos conhecer e nos integrarmos para, daí sim, entregar o nosso serviço. Nesses casos, não se trata de uma solução que pode ser buscada em uma prateleira", aponta ela.
Aos olhos de quem faz
Sobre a rotina da empresa, Aline relata que, apesar de parecer clichê, é igual à de qualquer outra empresa da área. Isto porque não há muito o que inovar em uma organização de Tecnologia da Informação, pois todas têm clientes, colaboradores e problemas com servidores, por exemplo. Em linhas gerais, a área é composta quase que só por homens. No Grupo Maven, esse tabu é quebrado. A sócia-diretora comenta que, sempre que questionada sobre esse tema, responde que, sim, sabe que o setor é mais masculino, pois isso é um reflexo do mercado. Entretanto, lembra que uma das primeiras pessoas a desenvolver um algoritmo, ainda no século 19, foi a programadora Condessa Ada Lovelace, e que, no grupo, eles procuram por um bom profissional, sem olhar para distinções de sexo. "Aqui, há mulheres trabalhando em todos os setores. Empreender indefere de mulher ou homem, e é isso que buscamos para a empresa", avisa ela.
Apresentada como uma das funcionárias com maior evolução, Jéssica Carvalho, 24 anos, afirma que está na Maven desde 2015. "Cheguei através do curso técnico que fazia e assumi como assistente no setor financeiro. Com o passar dos anos, agreguei parte da supervisão do administrativo e, logo depois, tive a proposta de trabalhar no comercial, onde me encontrei", diz ela, que, dentre outros objetivos, espera evoluir na área de gestão e concluir a faculdade. A graduação, aliás, foi trocada por conta da felicidade no novo setor: da Contabilidade passou a estudar Administração.
Simone Carvalho foi também apontada como 'case' de grande sucesso e revolução. Ela chegou no grupo há pouco mais de um ano e, atualmente, é responsável pela agenda da Aline e pelas contas a receber. Lembra que iniciou na empresa no setor de arquivos, realizando também alguns serviços como de recepção. Em pouco tempo, foi convidada a auxiliar na rotina da sócia-diretora e incorporou novas demandas administrativas. "Como já conhecia os clientes, simplesmente dei continuidade. Apesar do quebra-cabeça que preciso fazer com os horários da Aline, sou a pessoa que menos passa tempo com ela", brinca, ao afirmar estar gostando muito de enfrentar este novo desafio.
Outro personagem importante desta história é Nilson Deparis. Colaborador mais antigo do grupo, está na empresa desde o início, podendo ser chamado de funcionário 01. Ele, que é formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, parece também ser um dos mais introvertidos da turma. De palavras mansas, bem estudadas e respostas muito pensadas, fala com orgulho da empresa que "o recebeu muito bem há 10 anos e sempre com oportunidades". O carinho é recompensado, segundo ele, na forma de muito esforço para que dê sempre o seu melhor.
Nem só de TI
O grupo realiza diversas ações internas com as mais variadas finalidades, sejam elas para qualificar a equipe ou até mesmo sociais. Programas como MavenLab - uma espécie de laboratório, onde são discutidas novas ideias com a equipe - e o MavenShare - realizado para discutir boas práticas, como questões sociais e cuidados com a saúde - são bons exemplos de campanhas feitas pelo grupo. Teve até uma edição do MavenChef, quando a turma toda enfrentou o mundo da gastronomia e foi desafiada a cozinhar.
Os aniversários da empresa sempre foram comemorados com festa, em vários tamanhos e formatos. Para marcar os 10 anos de atuação, porém, Marison explica que todos pensaram em fazer algo diferente neste ano. Resultado: promoverão 10 ações sociais, uma em cada mês, começando em março. E o interessante é que não necessariamente envolverão a atividade-fim das empresas, apenas algumas terão a inclusão digital como tema. "Chegamos a fazer uma há pouco tempo, mas em formato de experimento", recorda ele.
Para os sócios e funcionários, existem alguns fatores que diferenciam o grupo das outras empresas do mesmo setor. Simone relata a coragem de todos, argumentando: "Tá com medo? Vai com medo mesmo, oras"; Jéssica exalta a transparência; e, por fim, Aline menciona a ousadia dos colaboradores como diferencial. Ao finalizar, mostra todo orgulho que sente da trajetória: "Entender o cliente e atendê-lo conforme a necessidade, isso são pouquíssimas empresas do mercado que conseguem fazer".