Muitas promessas e grande entusiasmo: assim gira o mundo atual em torno da palavra inovação. Contudo, o que poucos enxergam é que, logo ali, há outra palavra que surge diante desse cenário caótico e desenfreado: frustração. Afinal, alguém aqui ainda usa o Metaverso ou o ClubHouse? Se por muito tempo o mercado acreditou que inovar era sobre velocidade e novidade, hoje é preciso parar e prospectar o que realmente faz sentido e é sustentável no longo prazo. Ou seja, será que estamos mesmo inovando ou só embarcando em mais um hype? 

É com esse desconforto que abrimos esta edição da Tendências Inovação. Porque, antes de celebrar a "novidade da semana", talvez seja hora de encarar o que realmente ganha o mundo e funciona, e o que fracassa. Chega de burburinhos, precisamos ter mais pé no chão.

Ao reunir os temas da nova revista do selo Tendências, percebemos dois pontos em comum: há muita animação em relação às tecnologias, que se aperfeiçoam a cada milésimo de segundo, mas também muita dúvida e inquietação. É por isso que essa é uma edição que buscou dar respostas às inseguranças e aflições dos profissionais do nosso mercado, mas também destacar como a tecnologia tem transformado a nossa área positivamente.

Outro aspecto fundamental é entender que, por trás de todas as máquinas e ferramentas, há sempre um cérebro humano. Dessa forma, não basta nos animarmos com todas as tecnologias. É preciso ter calma, discernimento e perceber que todas elas só funcionam com profissionais aptos e preparados. Ouvi dizer que nos próximos anos teremos uma grande separação: os que apenas usam a Inteligência Artificial dos que realmente sabem trabalhar com ela. Então, é hora de colocar a mão na massa, tanto as empresas quanto os profissionais.

Dito isso, gostaríamos de te fazer um convite: não para temer o futuro, mas para compreendê-lo com mais profundidade e menos ilusão. Desejamos que nossos conteúdos inspirem reflexão, inquietação e, sobretudo, ação.

Boa leitura!