O que aprendi no ano mais difícil de nossas vidas

Por Fernando Garbaski, para Coletiva.net e ARP

Este artigo foi selecionado por Coletiva.net a partir de uma parceria com a Associação Riograndense de Propaganda (ARP), clique aqui para conferir os detalhes.

Ao longo destes 10.000 mil anos de civilização, o ser humano foi ameaçado em muitas oportunidades. Tivemos peste negra, gripes assassinas, guerras mundiais, o risco da bomba atômica e a ameaça de extinção em massa de vidas na Terra. Superamos todas elas e este  ano foi o ano que mais uma vez fomos ameaçados.

O coronavírus chegou e se espalhou rapidamente. Circulou por toda a Terra em 60 dias. E, em pleno século 21, um ser primitivo, muito simples geneticamente, nos paralisou. Fomos orientados a nos refugiar em casa, parar com nossas atividades e viver com as reservas da poupança. Milhões de pessoas perderam empregos, outros milhões passaram fome em países subdesenvolvidos.

O Brasil vai entrar novamente  para o mapa da fome. Havíamos superado essa triste marca mas esse ano, 10 milhões de pessoas estarão mal alimentadas novamente. O aprendizado de milhões de crianças está sendo comprometido. Estudos indicam que em seis meses de paralisação, a criança perde o último ano de estudo. Ou seja, um risco enorme de piorar o que já era péssimo em nosso País. 

Na economia, nosso desenvolvimento para os próximos 10 anos foi comprometido por este ano. O Brasil hoje é como aquele cidadão que entrou no cheque especial e a dívida é tão grande que só 10 anos de muito trabalho pra pagar parte dessa dívida. E, com pouco dinheiro para melhorar a educação e saúde, nosso futuro será como um cachorro que corre atrás do rabo. 

O corona foi uma ameaça real. Não podemos negar isso. O vírus chinês veio para mudar nossa sociedade. Ele é invisível e a qualquer hora pode nos atacar novamente. Mas não é o único. Existem vários vírus e bactérias nos ameaçando. Temos que aprender a combater melhor esses seres. Todos os dias morrem 22.000 pessoas por causa deles no mundo. De tuberculose, hepatite, HIV e pneumonia, somados, são 10.000 por dia. De coronavírus, hoje, são mais de 5.000 por dia pelo mundo. MAIS DE 8 MILHÕES DE MORTES POR ANO CAUSADO POR ELES, os vírus! A evolução da espécie humana passa por lidar melhor com essa ameaça. Nossa guerra será contra eles, os vírus e bactérias. Que nossos gênios cientistas entrem em ação e consigamos vencer essa batalha. 

O que vai ficar depois que tudo isso passar? Eu tenho a impressão que passaremos alguma dificuldade no curto prazo pelo dano causado, mas tenho a certeza que será mais um aprendizado para a humanidade e virá a superação. Uma nova forma de encarar a vida, o trabalho e o lazer predomina. A vida será celebrada mais ainda por todos nós. Foi uma lição para valorizarmos  as coisas simples e tão legais que temos e não percebemos. O encontro com a grande família, com amigos, velhos conhecidos, novos conhecidos, todos fazem muita falta. O convívio social é importante para a nossa felicidade. O esporte é fundamental para nossa saúde física e mental. Não precisamos de consumismo desenfreado. Podemos viver com menos. Podemos e devemos ser felizes na simplicidade e celebrar a vida com muito amor!

Fernando Garbarski é diretor e sócio Impresul. 

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