Valor é uma mensuração de percepção, não necessariamente de realidade. A qualificação e quantificação de valor são sensoriais, variáveis conforme o contexto perceptivo de quem observa. Não somos nós que designamos o valor ao nosso produto, serviço ou a nós mesmos. Nós não somos exatamente aquilo que achamos que somos, mas sim o que os outros percebem que somos. Uma joia na mão de quem não aprecia joias pode ser vista como uma bijuteria.

Portanto, a ideia de que pouco importa o que os outros acham e, sim, o que eu acho sobre mim ou meu produto e serviço, no contexto mercadológico da valorização pessoal e profissional, é absolutamente desconectada da realidade. Devemos, sim, buscar nossa melhor versão, potencializando nossos talentos e desenvolvendo nossos pontos fortes. É fundamental gerar percepção e consistência no que somos e manter coerência no que fazemos.

Somente dessa forma produziremos condições de sermos valorizados no mercado e, sobretudo, na vida. A construção de uma imagem sólida e coerente é um trabalho contínuo, que exige dedicação e autoconhecimento. Não basta apenas acreditar em nosso potencial; é preciso demonstrá-lo de maneira clara e tangível para que os outros possam reconhecer e valorizar.

A chave está em alinhar nossas ações com nossos valores e talentos, criando uma percepção positiva e consistente. Isso não significa adulterar a nossa essência, mas sim aprimorá-la e comunicá-la de forma eficaz. Lembre-se: o valor que os outros enxergam em nós é reflexo da nossa capacidade de transmitir quem realmente somos e do impacto que causamos ao nosso redor. Afinal, é na percepção do valor que edificamos a ponte que conecta nosso potencial à realidade do mercado.