"Tive uma provação muito grande de sofrimento depois que saí do hospital", conta Xicão Tofani

Com sequelas ocasionadas pela Covid-19 e intubação, o comunicador conversou com a equipe de Coletiva.net sobre o período de recuperação

Xicão Tofani está se recuperando em flat com estrutura clínica

Mesmo depois de ter deixado o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, após 40 dias de internação, a luta de Xicão Tofani ao enfrentar a Covid-19 não parou. O comunicador da Rede Pampa apresentou sequelas, as quais estão sendo tratadas desde então por especialistas. "Tive uma provação muito grande de sofrimento depois que saí do hospital", relatou o profissional, em conversa exclusiva com a equipe de Coletiva.net

Uma das sequelas de Xicão foi o surgimento de escaras - em idosos elas podem aparecer com certa frequência, principalmente quando os pacientes estão acamados ou quando ficam por longos períodos na mesma posição. Conforme o relato do comunicador, o tratamento foi muito dolorido, visto que necessitou de raspagem e reconstrução da pele em suas costas. "Agora, já no fim deste trabalho, a dor diminuiu um pouco. A fisioterapia continua desde o início, mas com progressos pequenos", contou.

Outra complicação causada pelo novo coronavírus foi em relação ao pé esquerdo, que está imobilizado e sem movimento, o que dificulta muito caminhar. Além disso, Xicão perdeu 21kg e massa muscular, além de estar com uma grande fadiga. "A locomoção é muito  lenta e dolorosa por causa da pouca energia muscular", mencionou. 

Depois de passar 45 dias em uma clínica de recuperação, hoje o comunicador se encontra em um flat com estrutura médica. "É muito sofisticado e posso receber visitas a qualquer hora, o que não era possível anteriormente", expôs. Esperançoso, Xicão acredita que até o mês que vem esteja bem o bastante para retornar a casa. 

"Talvez, o caminhar esteja meia-boca, mas vai dar para se locomover, se Deus quiser!", apontou. 

O comunicador transformará a dor e o sofrimento do período de intubação em relatos para escrever um livro. O já iniciado 'Segunda Vida' contará o que Xicão viveu nos últimos meses. "A dor física e mental levada a um patamar inimaginável, que um homem resiste. A minha coragem e  dignidade que tive ao enfrentar este horror. Pelo menos, não ficarão em vão. O limite entre a morte e a vida que vivi, meu crescimento espiritual com isto tudo", resumiu, ao completar que também tem o intuito de transmitir às pessoas que existe esperança. "Deus e fé. Isto é muito bom e me sinto um vencedor em contar a minha história", comemorou.

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