Entidades alertam sobre violência contra jornalistas no País

De acordo com a Abert, foram contabilizados 21 casos de agressões, detenções, ofensas, ataques e vandalismo em 10 dias

No últimos 10 dias, 21 casos de agressões foram registrados | Crédito: imagem da internet
As associações brasileiras de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),­ e de Rádio e Televisão (Abratel), e as nacionais de Editores de Revistas (Aner) e de Jornais (ANJ), assinaram uma nota conjunta para alertar sobre o aumento da violência praticada contra jornalistas no País. O documento foi publicado pelo portal PropMark.
As associações destacaram o fato de o Brasil ser o quinto local mais arriscado do mundo para o exercício do jornalismo. O comunicado afirma que a imprensa cobre e reporta os fatos de interesse da sociedade e, por isso, é inaceitável que empresas de comunicação tenham que criar esquemas especiais de proteção aos seus profissionais, por conta de agressões. "É importante lembrar que toda a ação individual ou coletiva que busque dificultar ou impedir o trabalho da imprensa atenta contra o Estado Democrático de Direito e as suas garantias constitucionais de liberdade de expressão e de pensamento", diz o comunicado.
Segundo a Abert, nos últimos 10 dias, foram registrados 21 casos de agressões, detenções, ofensas, ataques e vandalismo contra profissionais da comunicação. Desde o início do ano, 57 denúncias de atentado à liberdade de expressão foram contabilizadas. De acordo com a entidade, entre os casos de violência dos últimos dias, o repórter André Azeredo foi recebido a pontapés na sede do PT, em São Paulo, e o jornalista Roberto Kovalick foi hostilizado durante uma entrevista e impedido de continuar o seu trabalho. No final de fevereiro, a Abert lançou o "Relatório Abert sobre Liberdade de Imprensa - 2015", em que contabilizou oito mortes e 64 casos de agressão no ano passado.

Comentários