1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Meu nome é Gilberto Júnior, tenho 36 anos, nascido e criado em Porto Alegre. Sou radialista, com passagens por veículos de Comunicação da Capital e hoje estou como coordenador de Esportes da Rádio Caxias. Além disso, sou o  narrador titular da emissora.  

2 - Quando surgiu a vontade de ser radialista?
Foi por volta dos dez e onze anos de idade. Ganhei o meu primeiro equipamento headphone amarelo, do meu pai. A partir daí comecei a acompanhar as transmissões esportivas nas rádios Bandeirantes, Guaíba e Gaúcha, pegando o final da carreira de Armindo Antônio Ranzolin, Marco Antonio Pereira, Roberto Brauner, Mario Lima, entre outros. Gostava muito do jeito que eles comentavam os jogos, assim como qualquer guri que se identifica em alguma profissão. Comecei a acompanhar o rádio com mais rotina e sempre achava que poderia fazer igual a um narrador de futebol e ingressar na profissão. Quando eu tinha 16 anos, em 2001, entrei na rádio Real, de Canoas, como narrador e repórter de campo. Em 2004, fui para a rádio Guaíba, onde fiquei por nove anos como repórter de campo. Até que me transferi para Caxias do Sul, onde me tornei narrador titular da emissora. 

3 - Como é para você ser o novo coordenador de Esportes Rádio Caxias? 

É uma grande responsabilidade, pois a rádio Caxias é uma emissora que está há 76 anos no ar. Nesse tempo, ela vem crescendo muito e realizando diversas coberturas esportivas. Por aqui, passaram nomes históricos do rádio gaúcho, como Dante Andreis, Adelar Neves, Nestor Gollo e Gerson Bem. Coube a mim a responsabilidade de dar sequência a este trabalho e essas coberturas esportivas. Por tudo que a rádio representa para o esporte, é sim uma missão muito grande, pois ela também é a única a transmitir os jogos da dupla Ca-Ju, Caxias e Juventude. 

4 - Quais as expectativas para esta função e o que pretende realizar de projetos para o esporte da rádio?
Pretendo dar uma rejuvenescida na linguagem dos programas esportivos da rádio e ampliar a nossa cobertura para outros esportes. Também tenho a ideia de colocar comentaristas e jornalistas mulheres no grupo, para realizar as coberturas. Além disso, continuar mostrando o melhor da rádio, agregando valores, lapidando situações e aproveitando melhor cada profissional. Também fazer com que a emissora, que já tem uma grande audiência, consiga atingir outros públicos. 

5 -  Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Essa é a pergunta mais difícil de responder. Sou um profissional que, em 20 anos de profissão, tive muitas oportunidades em coberturas internacionais e transmissões de grandes eventos. Na situação atual, sinto-me feliz e satisfeito com a minha profissão e missão que tenho aqui na rádio. Existem situações da vida pessoal em que algum momento pode afetar o profissional e colocá-las em primeiro plano. Ficar mais próximo dos meus familiares que estão em Porto Alegre é uma possibilidade que me agrada. Também tenho planos de fazer televisão, na qual tive pequenas passagens como na TV Record e na extinta TV Guaíba e não descarto voltar a fazer estes projetos, não só como narrador e comentarista, mas também apresentando programas. Essas são algumas situações que imagino que possam voltar no meu horizonte.