Cinco perguntas para Juliano Rodrigues

Jornalista integra a equipe de atendimento às demandas de imprensa relacionadas ao governador

Juliano Rodrigues é natural de Porto Alegre - Crédito: Divulgação

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu me chamo Juliano Rodrigues, tenho 35 anos e sou natural de Porto Alegre. Sou jornalista e mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Minha trajetória no Jornalismo começou em redações, com passagens pelas rádios Gaúcha e Bandeirantes, além da editoria de Política de Zero Hora. Como assessor de imprensa, trabalhei no Ministério Público Estadual (MP-RS), na prefeitura de Porto Alegre, no governo do Estado e, mais recentemente, em agências de Comunicação do centro do Brasil. Retornei ao Rio Grande do Sul em 2022 para trabalhar na campanha do então candidato Eduardo Leite (PSDB) e, atualmente, sou assessor de imprensa do governador.

2 - Por que escolheu o Jornalismo?

Sempre fui um ouvinte assíduo de rádio, desde criança. Cresci ouvindo as jornadas esportivas e os noticiários, e foi esse interesse pelo radiojornalismo que me levou a escolher o curso. Tive a oportunidade de realizar cedo aquele que era o meu sonho na época, de trabalhar na rádio Gaúcha. Com o tempo e o acúmulo das experiências jornalísticas na carreira, comecei a criar mais afinidade com outras áreas do Jornalismo, em especial a política. O meu ponto de partida foi mesmo o rádio, mas com o decorrer da nossa trajetória os sonhos também mudam e são atualizados. Hoje, sou muito feliz trabalhando com Comunicação Política e assessoria de imprensa.

3 - Você compôs a assessoria de Eduardo Leite (PSDB) na primeira gestão, e, em janeiro, voltou ao Piratini para integrar novamente a equipe de atendimento às demandas de imprensa relacionadas ao governador. Quais são as principais diferenças entre o trabalho realizado no primeiro mandato e o atual?

A essência e as premissas do trabalho, como a transparência e o respeito à atividade jornalística, não mudam. Mas, sem dúvidas, há um desafio ainda mais importante nesse novo período. Quem integra a equipe do primeiro governo da história do Rio Grande do Sul a ser reeleito precisa ter a clareza de que a exigência é maior agora. A régua subiu e isso vale também, e talvez ainda mais, para a Comunicação.

O governo Eduardo Leite tem uma série de marcas, como a postura reformista, a abertura ao diálogo, o reequilíbrio financeiro do Estado e a retomada de investimentos públicos com uma parceria muito próxima aos municípios. Nós trabalhamos para fortalecer essas marcas diariamente, contando essa história à sociedade por meio dos nossos veículos oficiais e do relacionamento com a imprensa. 

4 - Você possui ampla experiência em Comunicação Política. No seu entendimento, qual é o maior desafio desse segmento hoje?

O maior desafio é fazer a Comunicação Política em meio a um ambiente de polarização de ideias e, principalmente, de um debate público extremamente superficial. Há cada vez menos espaço e interesse do público para aprofundar as discussões políticas, que acabam se resumindo a brigas ideológicas repletas de distorções informativas, levando à desinformação. Isso influencia muito o trabalho de quem faz Comunicação Política.

Não se trata de uma crítica a esse comportamento mais passional das pessoas em relação à política, que tem uma série de razões por trás, e sim de uma constatação e uma realidade com a qual quem trabalha na nossa área precisa aprender a conviver. Muitas vezes se tenta comunicar algo de maneira técnica, concatenada e coerente, mas uma grande parte do público não está interessada em entender aquilo, e tem mais aderência aos discursos simplistas, que resumem a mensagem e que estão mais conectados ao seu pensamento ideológico.

Temos de tentar encontrar o equilíbrio para comunicar, sim, com precisão técnica e responsabilidade, mas com uma forma atrativa de fazer isso e permitir que esse público, por vezes menos interessado no aprofundamento dos temas, entenda a mensagem. Não é fácil, mas é possível e pode ser observado no exemplo da reeleição de um governador, que não está em nenhum dos lados dessa polarização ideológica.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Tenho como característica tentar aproveitar ao máximo o presente, sem exatamente me preocupar tanto com questões de médio e longo prazos. Pretendo continuar sendo feliz na minha profissão, qualificando-me cada vez mais e alcançando os meus objetivos pessoais e profissionais.

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