Cinco perguntas para Mônica Rossi

Em junho, a jornalista foi anunciada como chefe de Reportagem do SBT-RS

Mônica Rossi é natural de Sananduva - Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Mônica Rossi, nasci e vivi em Sananduva até meus 17 anos, quando me mudei para Porto Alegre. Aqui, fui aprovada no vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para Jornalismo, em 2002. No final da graduação, consegui meu primeiro estágio em TV. Fiquei na Band de 2006 a 2009 onde fui estagiária, produtora do local e de rede, editora e assistente de direção do Miss Rio Grande do Sul. De lá fui para a Record, onde fiz produção e depois fui chefe de Reportagem, cargo que ocupei até junho de 2017, quando aceitei o convite do SBT-RS.

Também tive uma breve passagem pela TVE entre 2012 e 2013, enquanto atuava concomitantemente na Record. Além de ter trabalhado como assessora de imprensa em um sindicato em 2013 e 2014. Sigo na "TV mais feliz do Brasil" onde comecei como produtora e, recentemente, fui promovida ao cargo de chefe de Reportagem. Ainda sou assessora de imprensa voluntária do Movimento Por Uma Infância Melhor e curso Letras com ênfase em Italiano na Ufrgs.

2 - Por que decidiu estudar Jornalismo?

Eu cresci impactada pelo telejornalismo, principalmente pelas coberturas de guerras, como a do Kosovo, e das grandes tragédias humanitárias como a fome na África. Outra coisa que via muito era a série 'Plantão Médico'. Então, do alto da sabedoria dos meus 17 anos, eu acreditava que podia "salvar o mundo" de duas maneiras: sendo médica ou jornalista.

O medo de sangue acabou me impulsionando a marcar x naquela inscrição para Jornalismo no meu primeiro vestibular de 2001. Confesso que era muito ingênua sobre a profissão, incluindo desconhecer rotinas e remuneração. Apesar disso, lembrando da minha infância, vejo que não foi uma escolha aleatória, eu sempre fui uma criança questionadora. Toda tarefa do colégio eu resolvia com uma entrevista, seja com o primo médico que morava em Porto Alegre ou com o prefeito da cidade, que se dispôs a receber cinco crianças para uma "coletiva".

Então, o Jornalismo já estava no meu sangue, assim como o desejo de ajudar os outros. Graças a Deus, que me ajudou a fazer boas escolhas, consegui de alguma maneira atender aquele desejo de "salvar o mundo", pelo menos o daquelas pessoas impactadas com o meu trabalho.

3 - Em junho, você se tornou a nova chefe de Reportagem do SBT-RS, cargo que não existia na emissora até então. Como foi receber esse convite?

Foi uma alegria! Eu mudei da Record para o SBT-RS com um desejo forte de renovação e mais qualidade de vida, por isso aceitei ser produtora novamente, depois de seis anos como chefe de Reportagem. Ao longo do tempo fui conversando com meu superior sobre possibilidades de crescimento no SBT e confesso que desejava a promoção há algum tempo. Felizmente, quando o Israel de Castro assumiu o cargo de chefia da nossa equipe, ele deu seguimento ao que eu já vinha alinhando com o Danilo Teixeira que era nosso editor-regional.

4 - Quais são os maiores desafios em ser pioneira na função?

Até este ano não tínhamos mulheres em cargos de chefia dentro do Jornalismo do SBT aqui no Rio Grande do Sul. Agora somos eu e minha colega Ingrid Oliveira, que é editora-chefe. Para mim, esse é o fator mais importante dessa mudança: ocupar um espaço que antes era masculino, mesmo que o meu cargo, especificamente, não existisse.

Claro que junto com isso vem muita responsabilidade e eu me cobro bastante quanto a ser uma colega e uma gestora com fortes princípios éticos, com força de trabalho e empatia.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Que pergunta difícil! Com certeza quero me dedicar mais ao voluntariado. Fora isso, foram tantas mudanças na minha vida pessoal e profissional em 2022 que estou focando no presente muito mais que no futuro. Espero conseguir concluir a minha segunda graduação e seguir trabalhando com o que acredito. 

 

Comentários