Cinco perguntas para Paulo Rocha

Chefe de Reportagem da rádio Gaúcha estreou na apresentação do programa 'Playlist' em abril

Paulo Rocha - Crédito: Raul Krebs

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou Paulo Rocha, jornalista graduado pela Ufrgs em 2009 e natural de Porto Alegre. Atualmente, sou chefe de Reportagem da rádio Gaúcha e apresento os programas 'Playlist' e 'Super Sábado'. 

Comecei a atuar no Jornalismo, ainda estagiário, em 2005, e também tenho passagens pelo Jornal O Sul e Grupo Bandeirantes. Completei, no ano passado, 10 anos de Grupo RBS. Ao longo desse período, reuni experiências nas editorias de Geral, Política, Economia, Polícia, Trânsito e Cultura. Nessa trajetória, também tive a oportunidade de atuar como editor e apresentador de noticiários, entre eles o 'Correspondente Gaúcha', 'Gaúcha Hoje', 'Gaúcha Mais' e 'Chamada Geral'.  

2 - Por que escolheu o Jornalismo? 

Sempre tive alguma predileção pela Comunicação, embora me considere uma pessoa tímida. Antes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), cheguei a cursar três semestres de Publicidade e Propaganda na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Porém, a inclinação por noticiários e temas relacionados à Política e aos assuntos internacionais parece ter batido mais forte, me fazendo mudar para o Jornalismo. 

Quando criança, uma das minhas brincadeiras favoritas era imitar âncoras de telejornais. Também me atraía por debates de política (por mais peculiar que isso pareça) e pelo horário eleitoral. Mais adiante, descobri na música outra paixão. Ou seja, esse caldeirão de assuntos e a ânsia por produzir conteúdo e dividi-lo de alguma forma com o público caiu como uma luva no Jornalismo.     

3 - Há pouco mais de um mês você estreou na apresentação do programa 'Playlist' na rádio Gaúcha e em GZH. Como está sendo para você essa experiência? 

Está sendo incrível e desafiadora.

Desafiadora por me reaproximar à função de produtor, que é algo que fiz poucas vezes na minha vida profissional. Além de pensar as pautas, o produtor reúne as habilidades de achar contatos rapidamente e negociar entrevistas que nem sempre são fáceis, assim como lidar com a logística de gravações, horários e soluções técnicas que somente quem exerce essa função sabe como é. 

Incrível pois o 'Playlist' é a oportunidade de reunir a minha profissão e a minha paixão pela música. Não sou músico, mas na adolescência tive uma breve experiência como baterista, aquela coisa com amigos de escola e que me marcou muito. Aos poucos deixei os ensaios de lado e passei a me dedicar à profissão que escolhi. 

4 - O 'Playlist' é veiculado tanto na rádio quanto no Spotify. De que forma você enxerga que essa oferta de conteúdo em ambas as mídias pode ser benéfica para quem produz e consome? 

Enxergo a Comunicação como uma soma entre produzir conteúdo de qualidade e saber entregá-lo onde o nosso público estiver. Já faz algum tempo que as plataformas não se resumem à TV, ao rádio e ao jornal. Em encontros com estudantes e colegas, já trato o conceito de refletir sobre o "jornalismo multimídia" como algo defasado, dos anos 90 e 2000. 

Quando qualquer um de nós publica um stories no Instagram com imagem, áudio, locução e legendas, já é um "jornalista multimídia". Isso pode acontecer até mesmo em um churrasco em família. Por que não aproveitar essas ferramentas para atingirmos o nosso público com matérias investigativas, de política, de geopolítica internacional e de cultura?

Dito isso, quando propus o 'Playlist', enxerguei a oportunidade de criar um conteúdo que amo, que é o Jornalismo Musical, de uma forma nova na empresa. O programa é o primeiro conteúdo do Grupo RBS a explorar um recurso técnico ainda pouco conhecido do Spotify, que mescla entrevistas e músicas, chamado 'Música + Papo'. Subvertendo ainda mais a lógica, ele é primeiro disponibilizado no streaming e depois veiculado na rádio Gaúcha. 

É uma solução que busca atingir uma nova geração de ouvintes, ávidos por conteúdo on demand, que se sentirá valorizada por pensarmos em produtos voltados a eles. Também oferece um programa novo ao nosso ouvinte tradicional de rádio, um programa de Jornalismo Musical mais aprofundado.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos? 

Quero me desenvolver ainda mais como comunicador, gestor de pessoas e pauteiro. A Comunicação precisa de pessoas apaixonadas por algum tema, empenhadas em produzir e transmitir conteúdo e conscientes da sua responsabilidade social. Coloco-me nessa posição ao criar o programa 'Playlist', que, além de tocar as músicas escolhidas pelos nossos entrevistados, valoriza a produção cultural brasileira e seu impacto socioeconômico.

Já como chefe de Reportagem, uma das coisas que mais gosto é ajudar outras pessoas a pensarem em pautas e formas de atingirmos o nosso público com Jornalismo de qualidade. Gosto muito da troca de conhecimento entre colegas e de ajudá-los no seu crescimento profissional.

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