Cinco perguntas para Pedro Carrizo
Profissional atua como jornalista há mais de uma década

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Chamo-me Pedro Carrizo, sou de Porto Alegre, filho de um pai argentino e de uma mãe brasileira. Atuo como jornalista há mais de uma década e, em 2023, dei um passo importante na minha carreira ao fundar, junto com Mariana Pontes, a Bridges Social Media. Nossa agência nasceu com um conceito inovador: colocar a pessoa física em primeiro plano, valorizando o ser humano que está por trás das marcas e empresas, o que traz uma conexão mais genuína e estratégica no ambiente digital.
2 - Por que optou pelo Jornalismo?
Acho que a escolha foi mútua. Desde cedo, sempre fui comunicativo. Gostava de entreter, montar peças de teatro para a família, e gravar filmes amadores. Na adolescência, descobri a paixão pela escrita. Passava madrugadas criando contos e poesias, que guardava em uma pasta que provavelmente só minha mãe sabe onde está hoje.
Fui orador da minha turma no Ensino Médio, e quando chegou a hora de escolher uma profissão, o Jornalismo parecia o caminho mais natural. Era a junção perfeita entre minha vontade de comunicar e o desejo de contar histórias que impactam.
3 - Recentemente, você fundou a agência Bridges, ao lado da Mariana Pontes. Como você avalia esse período?
Estamos imersos na chamada 'Economia da Atenção', e a Bridges soube abraçar essa realidade de forma assertiva. Entendemos que as pessoas se conectam com outras pessoas, não apenas com marcas. Por isso, trabalhamos para construir a autoridade digital dos nossos clientes, sabendo que não basta ser referência no mundo físico.
O objetivo não é simplesmente viralizar, mas criar conteúdos que, além de alinhados ao posicionamento estratégico, geram valores e fortaleçam a presença digital de forma autêntica. Em nosso primeiro ano, o crescimento da demanda superou nossas expectativas, o que só confirma a relevância dessa abordagem no mercado atual.
4 - Para você, quais são os principais desafios da profissão?
O Jornalismo sempre teve que enfrentar barreiras, sendo uma das maiores a falta de valorização da profissão. Muitos jornalistas trabalham por paixão, mas financeiramente, é um desafio, especialmente nas redações tradicionais. Mesmo assim, a missão de informar, promover o pensamento crítico e combater a desinformação é mais importante do que nunca.
Hoje, com o avanço da Inteligência Artificial e outras tecnologias, o grande desafio é a resiliência. Precisamos nos adaptar e usar essas ferramentas a nosso favor, tornando o Jornalismo mais produtivo e criativo, sem que isso signifique um retrocesso ou uma redução ainda maior nas redações.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Nos próximos cinco anos, nossa meta é expandir a base de clientes, especialmente no sudeste, focando em líderes C-level, palestrantes e também em influenciadores. Queremos consolidar nossos processos internos à medida que crescemos, com novas contratações e uma aplicação ainda mais estratégica de tecnologias emergentes.
Já estamos treinando uma Inteligência Artificial generativa para criar um 'clone digital' dos nossos clientes, o que nos permitirá desenvolver conteúdos cada vez mais alinhados ao tom de voz de cada um, trazendo personalização em escala.