Cinco perguntas para Raphael Gomes

Jornalista revelou que torce para o Internacional no último ano

Raphael Gomes é natural de Porto Alegre - Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Raphael Silva e Gomes, sou natural de Porto Alegre, tenho 31 anos e sou formado em Jornalismo. Fui criado na zona leste da Capital, com uma "infância raiz": jogando futebol, brincando na rua e rodeado de amigos. Comecei minha carreira profissional como estagiário no jornal O Sul, passei pela assessoria de imprensa da Sogipa e fui contratado pelo departamento de Esportes da rádio Gaúcha, em 2012. No ano seguinte, fui efetivado.

Durante nove anos, fui produtor, repórter de campo, de torcida, setorista, fiz de plantão esportivo, apresentador e de tudo um pouco por lá, onde me criei e amadureci como profissional. Há um ano e meio, recebi o convite da Atlântida para ser produtor e integrante do 'Pretinho Básico', onde estou até hoje. Também possuo especializações em Jornalismo Esportivo, Radiojornalismo Esportivo e uma extensão em Podcasts, que se tornou uma nova paixão, com o 'Bergamota Mecânica'. Também faço stand-up comedy e tenho uma paixão por fazer rir!

2 - Por que você escolheu o Jornalismo?

Quando era criança, sempre quis trabalhar com futebol. Fiquei na dúvida entre Jornalismo e Educação Física. A falta de habilidade com a bola e a intimidade com as letras me levaram para a Comunicação, junto com uma palestra do professor Fabian Chelkanoff, o qual serei eternamente grato. Depois que ouvi ele falar, ainda no Colégio Champagnat, adolescente, identifiquei-me e percebi que aquilo seria a minha vocação. Rapidamente, descobri o que queria para a minha carreira: comunicar e entreter. Ou seja, caindo "como uma luva" no Jornalismo. 

3 - Em agosto do último ano, você decidiu revelar a torcida pelo Internacional. Desde então, você sente que algo mudou na sua forma de trabalhar ou na relação com o público?

Por gostar de futebol, o Jornalismo Esportivo foi uma consequência óbvia para a minha carreira. E, desde cedo, vi que não era possível conciliar a vida de torcedor com a profissão que escolhi. Nos últimos dois anos, mudei a direção da minha carreira. Comecei a trabalhar diretamente com Entretenimento e vi que não fazia mais sentido "esconder" o meu time. Por incrível que pareça, ainda é muito estranho voltar a ser um torcedor "comum". Mas o sentimento pelo clube é uma coisa muito louca, né?! Nem sei como aguentei tanto tempo sem! 

4 - Recentemente, vários jornalistas decidiram revelar seus times do coração. Você enxerga a identificação como uma tendência entre os profissionais da editoria de Esportes?

"Tendência" é uma palavra muito definitiva. Acredito que é um novo caminho criado, que antes não existia. Antigamente, para trabalhar com futebol era obrigatório não ter um time. Hoje não é mais assim, mas não significa que todo mundo vai revelar o seu time. Infelizmente, acho que o Rio Grande do Sul não está preparado para isso. E eu falo sobre todos nós! Jornalistas, torcedores, jogadores, dirigentes, etc. Não consigo ver uma massificação disso a longo prazo. Mas sim uma dualidade. Tem pessoas que vão sempre querer uma cobertura mais 'isenta' e outras mais 'passionais'. E o mercado evoluiu! Tem espaço para todo mundo.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Fazer rir! Comunicar e entreter em todas as plataformas que eu puder. A Atlântida me dá uma liberdade criativa que é fundamental para o futuro da minha carreira. Quero produzir ao máximo: vídeo, palco, podcast, rádio, tudo! Há cinco anos eu não imaginava que poderia estar vivendo o que está acontecendo hoje na minha carreira. Jamais imaginaria, por exemplo, dar uma entrevista para o Coletiva.net falando de mim. E é isso que eu quero daqui para frente! Uma página em branco com possibilidade de crescer e fazer outras coisas inimagináveis.

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