Cristina Oliveira se despede do MPRS após 12 anos
Jornalista atuava como coordenadora de Comunicação da instituição pública
Após 12 anos, Cristina Oliveira se despediu da coordenação de Comunicação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS). Impulsionada pela necessidade de concluir um ciclo e o desejo de buscar novos desafios, a jornalista contou à reportagem de Coletiva.net que a decisão pela saída foi pessoal.
"Faz tempo que me organizei para esse movimento quando chegasse a hora. Acho que é natural. Qualquer profissional precisa fazer a gestão da sua carreira, preparar-se para transições e planejar o futuro", disse. Agora em novo momento, Cristina afirmou deixar o gabinete de Comunicação com "aquela boa sensação de dever cumprido", além de levar consigo boas lembranças, aprendizados e amizades. "Somos certamente mais que um setor, dá pra dizer que nos tornamos família. Bem barulhenta - às vezes, até demais", completou.
Ao relembrar a trajetória pela instituição pública, ela comentou que o que mais a faz sentir saudades é a união entre os colegas e a disponibilidade de todos em ajudar os outros. "Como diz a minha colega e amiga Roberta Salinet: 'somos um setor que levanta'. Porque realmente auxiliamos as pessoas que chegam", pontuou. A profissional ainda salientou que quando foi convidada para atuar no MPRS ficou "extremamente feliz", pois queria somar ao currículo a experiência em fazer parte de uma "instituição do tamanho do Ministério Público".
Porém, com isso, os primeiros desafios já se mostraram no início da jornada. "Exigiu de mim bastante dedicação e também determinação para implementar, já de chegada, algumas mudanças que acreditava serem necessárias para modernizar a Comunicação do MPRS", contou. Entre os projetos apoiados por Cristina está a participação ativa do órgão em grupos de debates da área. "A assessoria de imprensa funcionava muito bem no atendimento aos jornalistas e na divulgação da instituição. Porém, era preciso investir em Comunicação Digital, assim como estruturar uma área de Criação e Design que já existia, mas era muito embrionária", disse.
No entanto, para a jornalista, quando olha para trás, vê duas modificações lideradas por ela como as mais importantes do período. Primeira, a transição do setor, que se posicionava como assessoria de imprensa, para a Comunicação Digital, o que incluiu as áreas de Design e a geração de conteúdo para mídias virtuais. A segunda se trata na transformação do departamento em uma área estratégica, com desenvolvimento de projetos alinhados às escolhas da gestão e com o mercado.
AMP
Desde 2011 no MPRS, o contato da jornalista com a instituição, no entanto, começou em 2003, quando prestava serviços de Comunicação à Associação do Ministério Público (AMP). "Por lá fizemos contribuições importantes e de grande visibilidade, como as ações de combate ao uso do crack, que a entidade desenvolveu, a partir de uma sugestão nossa, e levou a todos os veículos de imprensa, resultando na campanha 'Crack Nem Pensar', do Grupo RBS", explicou.
Ela também acredita que o trabalho realizado na AMP "reverberou entre os membros do Ministério Público e contribuiu no convite para coordenar a Comunicação da instituição". Porém, mesmo com a experiência anterior, ela garantiu que foi um desafio assumir a função no MPRS.
Próximos passos
Para dar o próximo passo na carreira, Cristina se organizou, tanto profissional quanto pessoalmente, há "muito tempo". A primeira parte desse processo se encerrou com a saída do MPRS, agora ela passa a organizar a etapa seguinte, mas, por ora, "seria prematuro falar qualquer coisa". A jornalista, no entanto, segue como diretora regional da Associação Brasileira de Comunicação Pública no Rio Grande do Sul (ABCPública).