Outubro Rosa: "Há muito o que fazer, muito o que viver e agradecer", afirma Laura Azevedo

Otimista no caminho da cura para o câncer de mama, a head de Inteligência Criativa da Moove conversou com o Coletiva.net no segundo episódio da série especial

Laura Azevedo, head de Inteligência Criativa da Moove, enfrentou o câncer de mama - Divulgação

Ela descobriu que estava com câncer de mama no início da pandemia do novo coronavírus, em 2020. Apesar do choque, manteve-se otimista. "Há muito o que fazer, muito o que viver e agradecer", disse Laura Azevedo, head de Inteligência Criativa da Moove, que conversou com o Coletiva.net. A entrevista integra o segundo conteúdo da série especial do portal sobre o Outubro Rosa. 

A campanha mundial deste mês chama atenção das pessoas para a importância do autocuidado e da realização dos exames preventivos para o câncer de mama. O alerta é importante, ainda mais que este é o segundo tipo de tumor que atinge as mulheres no Brasil, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Com o intuito de participar deste movimento, durante esta semana, o portal publica matérias especiais sobre o tema. Na última terça-feira, 27, a estreia trouxe o levantamento dos casos e ações da mídia no Rio Grande do Sul, bem como o depoimento da jornalista Alice Bastos Neves.

Descoberta e continuidade no trabalho

Cuidadosa com a pontualidade dos check-ups e atenta ao fato da alta incidência da doença no Rio Grande do Sul, foi durante um exame que ela descobriu uma imagem estranha, 12 meses depois da última conferência. "Na real, a gente já sente antes de o diagnóstico aparecer impresso no papel. Mas o papel com a sentença queima na mão."

Conforme a gestora, receber a informação foi complicado. "É como se o mundo que roda em alta velocidade desse uma freada. Aí, nesse primeiro momento, só com o apoio da família para não cair." 

Iniciar o tratamento no começo da pandemia de Covid-19 foi um outro fator, mas a opção da Moove em realizar os trabalhos com os colaboradores em home office ajudou no processo. Dessa forma, Laura conseguiu continuar trabalhando, o que, conforme ela, foi muito importante. "Fazia quimio de manhã e de tarde já estava com a equipe, sem deixar o assunto câncer ser minha única pauta. Era um tratamento e não uma sentença."

Além de manter as atividades profissionais, ela diz que o que a ajudou a enfrentar o processo foi a rede de apoio que se formou. "Falo sempre que sou grata ao câncer pela oportunidade de sentir o quanto sou amada pela família, pelos amigos, pelos colegas. Na rotina, isso pode passar batido uma vida inteira. A Moove também foi e está sendo uma parceira excepcional, compreensiva e solidária, dando todo suporte para superar esse momento." Além disso, diz ser essencial a segurança de uma boa equipe médica, e ela acredita que tem o privilégio de poder contar com a melhor.

Aprendizados adquiridos

O diagnóstico de cura só vem após alguns anos de monitoramento. Laura está no processo para tal, com acompanhamento, pensamento sempre positivo e muita fé. "Conheci histórias tão inspiradoras de tantas mulheres que não posso pensar diferente."

Para a executiva da Moove, a passagem por este momento traz inúmeros aprendizados, como a importância de dizer 'eu te amo' com muito mais frequência, usar o tempo com o que vale a pena, aproximar-se dos afetos e viver a vida mais leve. "E, principalmente, viver hoje. Não posso mudar o diagnóstico que veio no passado nem antecipar o futuro. Só posso interferir no hoje. Sendo otimista, sendo cuidadosa com minha saúde, generosa com os amigos, amorosa com a família, grata pela vida."

A mensagem para quem está enfrentando a doença é de não negligenciar os exames periódicos, pois a prevenção é tudo. "E, se algo der errado, não é o fim do mundo. Há muito o que fazer, muito o que viver e agradecer. Cerque-se de gente positiva e tenha fé!"

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