Xicão Tofani relata luta contra o coronavírus em novo livro

'Covid - Da morte para a vida - A odisseia de Xicão Tofani' será lançado neste sábado na Feira do Livro de Porto Alegre

Jornalista também teve um câncer na bexiga em 2022 - Crédito: Divulgação

Neste sábado, 11, Xicão Tofani realizará uma sessão de autógrafos na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre, em encontro na Praça de Autógrafos Gerdau (Praça da Alfândega - bairro Centro Histórico), às 15h. O comunicador assinará a obra 'Covid - Da morte para a vida - A odisseia de Xicão Tofani', na qual relata a sua luta contra o coronavírus. Em 8 de outubro de 2020, o profissional deu entrada no Hospital de Clínicas e dois dias depois já foi encaminhado para o Centro de Terapia Intensiva (CTI), onde ficou entubado por quase um mês.

Ao todo, o apresentador da TV Pampa ficou internado por 40 dias, e durante esse período teve a ideia de escrever um esboço do livro, porém desistiu após conversar com sua irmã, que acreditava que de alguma forma poderia ser interpretado como um Marketing a partir da doença. Em 2022, o jornalista desenvolveu um câncer na bexiga - momento que relatou ter sido uma "provação" - e, durante esse período, em uma visita a sua editora, tratou do seu desejo de escrever um livro novamente. "Comecei a ver por outro ângulo, não por um ângulo comercial ou de Marketing, mas de relatar aquela experiência horrível que eu tive em que Jesus Cristo, meu eterno ídolo, me livrou. Me tirou da morte para a vida", contou Xicão em entrevista ao Coletiva.net.

O comunicador apresentou diversas sequelas depois de deixar o hospital e afirmou que a parte mais dolorida foi a recuperação. O seu corpo começou a desenvolver diversas escaras, uma delas tendo o comprimento de 28 por 12 centímetros em suas costas, mostrada no livro a partir de fotos da época. Além disso, contou que ainda apresenta tonturas, lapsos de memória e precisa utilizar uma bengala para andar, devido à perda de peso abrupta que teve. O profissional teve que fazer acompanhamento fisioterapêutico e psicológico em seu tratamento. "Hoje, por exemplo, eu não consigo subir mais em escadas rolantes. Me dá uma sensação de pânico no shopping."

Xicão reuniu documentos do hospital e da clínica para realizar a obra, mas informou que não foi algo fácil de relembrar. "Eu sofri duas vezes: o dia da Covid e na hora de escrever o livro." Ademais, comentou que as pessoas possuíam uma imagem sua muito específica, como um homem da televisão, de altas grifes, com muitas mulheres, festas e viagens, mas queria também mostrar o seu outro lado. "No livro foi algo real, da doença, da dor, do sofrimento, da resiliência e depois da reflexão de tudo que passei e ainda estou passando."

O autor afirmou que se sente muito honrado por participar da Feira do Livro, principalmente por ser com uma publicação tão verdadeira, "sem maquiagens" como relata. Outro fator que influenciou o jornalista a escrever a obra foi o de ajudar outros que passaram por uma experiência semelhante. "Existem muitas pessoas com esse tipo de sofrimento em Porto Alegre, e eu achei que tinha que botar em um livro para tentar ajudar elas a ter força, fé e autoestima para viver", finalizou.

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