Reprodução/Rádio Guaíba
Dividindo o espaço com a imprensa de todo o mundo, jornalistas do SBT RS, da Band e da Rádio Guaíba relataram suas experiências sobre a cobertura da tragédia do voo do Chapecoense, que vitimou 71 pessoas na terça-feira, 29. Sediados em Chapecó, em Santa Catarina, os repórteres frisaram que o clima está tenso e que é difícil não se emocionar.
Andrei Rossetto, do SBT RS, comparou o impacto da cobertura da imprensa com o caso da Boate Kiss, em 2013. Ao Coletiva.net ele contou que chegou na cidade na tarde da terça-feira, e que está sendo uma oportunidade triste. "O pessoal da imprensa está muito triste por causa da morte dos colegas jornalistas", relatou. Ele lembrou que esta é a segunda vez que cobre uma tragédia em Chapecó, ao mencionar que estava lá para noticiar sobre o ciclone que devastou a cidade vizinha Xanxerê.
O colega de profissão, Mateus Trindade, da Band, contou que é muito difícil não se comover durante as entrevistas com familiares e torcedores. "A gente consegue sentir todo o clima pesado e o sofrimento", lamentou. Quanto à experiência, falou que é válida, pois faz o profissional sair da zona de conforto das tarefas do dia a dia da emissora. "Claro a gente nunca quer cobrir esse tipo de situação, mas é uma experiência que vale muito", afirmou ao portal.
Esta é a primeira vez que o repórter Felipe Nabinger, da Rádio Guaíba, participa de uma cobertura trágica e avalia que é uma tarefa muito difícil. "É complicado, porque a todo momento a gente fica naquele limite entre a realização do trabalho e tentar ficar longe das emoções. Isso é praticamente impossível devido às homenagens e à comoção da comunidade de Chapecó", declarou.
Outra dificuldade que Nabinger encontrou é na busca por informações corretas. "A todo momento chegam informações desencontradas, então há uma necessidade de apuração e confirmação, além do cuidado, pois estamos tratando da dor de muitas famílias que perderam pais e filhos", relatou, emocionado.
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