Em noite recheada de histórias, ARI entrega Medalha Alberto André para 10 jornalistas

Evento aconteceu nesta quinta-feira, na Faculdade Senac, no Centro Histórico

ARI reconhece 10 jornalistas por relevância no mercado - Divulgação/Coletiva.net

A noite desta quinta-feira, 21, foi especial para um grupo de 10 jornalistas. Em evento promovido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Cláudio Brito, Flávio Porcello, Itamar Aguiar, Lauro Quadros, Lizemara Prates, Luciamen Winck, Paula Coutinho, Renato Dornelles, Rodrigo Lopes e Márcia Christofoli, publisher de Coletiva.net, conquistaram a Medalha Alberto André, por suas contribuições ao Jornalismo e à sociedade. O evento aconteceu no auditório da Faculdade Senac, no Centro Histórico, em Porto Alegre.

O evento, que foi apresentado por Edieni Ferigollo e reuniu cerca de 60 pessoas, começou com um discurso do presidente da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza, que reforçou a importância do Jornalismo praticado pelos homenageados da noite, além de destacar os ataques que a categoria vem sofrendo - sendo a mais recente a MP 905, que retira a obrigatoriedade do registro profissional. "Com a crise, o Jornalismo precisa estar sempre se renovando. Temos que manter a mesma garra de antes na defesa da profissão e, também, para formar novos jornalistas", afirmou.

O primeiro a ser chamado no palco foi o jornalista do Grupo Sinos Cláudio Brito que, após receber a sua medalha das mãos de Batista Filho, presidente do Conselho Deliberativo da ARI, relembrou de Alberto André, ressaltando a importância do profissional e as suas três décadas à frente da associação. "Ter uma medalha no peito que relembra ele é motivo de muito orgulho", disse. Brito ainda elogiou o método da entidade para dar as medalhas, por não se tratar de uma competição. Logo após, foi a vez da comunicadora especialista em agronegócio Lizemara Prates receber a homenagem. De acordo com ela, após relembrar a sua trajetória e comemorar a segunda medalha do ano - a primeira foi a Assis Brasil, na Expointer. "Estou muito feliz e agradecida", disse.

Das mãos de Flávio Dutra, a publisher de Coletiva.net, Márcia Christofoli, recebeu a medalha. E, em sua fala de agradecimento, pontuou a importância de ser agraciada logo na semana em que se comemora o Dia do Empreendedorismo Feminino - último dia 19. "O desafio de ser mulher e jovem à frente de um veículo é sempre maior", enfatizou. Além de dedicar a conquista à sua equipe e família, Márcia ainda fez questão de agradecer a José Antonio Vieira da Cunha, fundador de Coletiva.net, portal comandado por ela desde 2016.

Paula Coutinho. editora de Política do Jornal do Comércio, foi a quarta chamada para ser agraciada. No palco, destacou o momento difícil pelo qual a categoria passa, mas enfatizou que a missão dos profissionais é resistir e persistir. "Fazer Jornalismo é um ato político", alegou. O quinto homenageado foi Rodrigo Lopes, do Grupo RBS. Em sua fala, disse que nenhum jornalista gosta de virar notícia, mas não poderia deixar de lembrar da prisão na Venezuela, onde foi impedido de fazer o seu trabalho. Ele enfatizou que, mesmo tendo coberto diversas guerras pelo mundo, nunca havia encontrado violência tão grande como a sofrida no país vizinho. Ao final, emocionado, pediu à plateia: "Quero pedir palmas não para mim, mas para a liberdade". O auditório não poupou aplausos.

Em seguida, foi a vez de Luciamen Winck, secretária de Redação do Correio do Povo. De acordo com ela, receber a homenagem era "a certeza do dever cumprido" e de que "a luta continua". Após conquistar a medalha, ainda pontuou que ficou novamente com dúvida se iria parar de trabalhar ao final do ano ou seguir atuando. Na sequência, o fotógrafo Itamar Aguiar subiu ao palco para pegar a sua distinção. Emocionado, enfatizou que estava honrado e "extremamente feliz" pela lembrança da ARI. Ao citar as mudanças enfrentadas pelos comunicadores nos últimos anos, ele pontuou: "Fazer Jornalismo sempre foi difícil, mas quem é jornalista de essência não se atrapalha.

Renato Dornelles, especialista da editoria de Segurança, foi o oitavo homenageado a ser chamado e, com a medalha no peito, afirmou que tudo na sua vida foi passageiro, desde relacionamentos até residências - sendo o vínculo empregatício o que mais durou em sua trajetória. "Esse foi um ano de mudanças e elas me ensinaram que nada tem que durar para sempre. As únicas três coisas que levo para a vida toda são: o Jornalismo, a minha família e os meus amigos", destacou. O penúltimo agraciado foi o professor da Famecos Flávio Porcello, que recordou do trabalho ao lado de Alberto André e, após falar de sua trajetória e enfatizar o quanto estava feliz por ser destacado pela ARI, declarou: "Temos que estar sempre alertas, nos reinventando. O Jornalismo resistirá sempre".

O último nome a ser chamado na noite foi o de Lauro Quadros. O jornalista aposentada, que recebeu a distinção das mãos do senador Lasier Martins, subiu ao palco e contou a história de como conquistou o Prêmio ARI de Jornalismo, 33 anos atrás. Animado e contente, ainda fez questão de elogiar o evento, mas com bom humor: "É muito melhor nos encontrarmos aqui do que em velórios". Lasier ainda fez um breve discurso, pontuando sua trajetória ao lado do 10º homenageado. "Foram 53 anos de imprensa, sendo 52 trabalhando com o Lauro. Dormi mais ao lado dele do que da minha mulher", brincou.

Para encerrar a noite, Cristiane Finger, vice-presidente da ARI, falou diretamente para cada um dos homenageados, relembrando as trajetórias dos mais velhos e enfatizando que, com os mais jovens, o Jornalismo de qualidade seguirá tendo um futuro promissor. Em fala direcionada a Lasier Martins, pediu para que o senador lute pela categoria em Brasília, não apenas para garantir a obrigatoriedade do registro profissional, mas, também, para resgatar a exigência do diploma. Após, todos os homenageados e convidados se dirigiram para o lounge, onde um coquetel os esperava.

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