Cinco perguntas para Andressa Dorneles

Jornalista foi recentemente promovida à executiva de Operações na Critério

Andressa Dorneles, executiva de Operações da Critério - Crédito: Karine Viana

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Uma pessoa que tem o trabalho na veia desde cedo. Sou natural de Porto Alegre, mas cresci na cidade de Gravataí. Por lá, trabalhei na área Comercial para atingir o ideal de cursar o Ensino Superior. Aos 14 anos, saía de casa muito cedo, ia para a escola e já seguia para a loja onde trabalhava no setor de cópias. Mais tarde, quando passei no vestibular, o compromisso cresceu ainda mais ao assumir os custos de uma universidade. Ter estudado na rede pública de ensino e batalhar por cada conquista só me fizeram valorizar ainda mais a oportunidade que conquistei ao ingressar na Unisinos. E foi com o apoio da minha mãe - que enfrentou com força o desafio de arcar com os custos da minha criação apenas com o salário de empregada doméstica - que, desde cedo, aprendi sobre responsabilidade. E isso me levou a ser a segunda pessoa da família com curso superior.

Fui cursando pouquíssimas cadeiras por vez. Levei quase o dobro do tempo para concluir a formação de quatro anos. Não lamentei, pelo contrário, aproveitei o tempo para adquirir o maior número de experiências possíveis por meio de estágios. Abasteci um site de esportes e aventuras; editei os conteúdos publicados no portal da Band RS; produzi um programa de TV; tive minha primeira experiência de assessoria de imprensa em um gabinete parlamentar, e uma das maiores experiências que alguém que cursa Jornalismo pode ter: o rádio. Foi na Gaúcha que aprendi sobre reportagem e produção - com ninguém menos que os mestres Lauro Quadros, Daniel Scola, Rosane de Oliveira e Antonio Carlos Macedo.

Quando concluí meu período de estágio na RBS, conquistei meu primeiro emprego em regime CLT na área, como analista de Marketing em uma empresa de tecnologia. Mas o ritmo da redação havia me deixado mal acostumada. Foi por uma oportunidade de emprego na Critério (gentilmente indicada pelo Scola) que vi que a assessoria de imprensa poderia trazer de volta tudo aquilo que eu gostava: o trabalho dinâmico, a oportunidade de fazer a diferença na vida das pessoas e a busca pela relevância social. E lá estou há quase sete anos, realizada e feliz de ter recebido a oportunidade de fazer a escolha certa.

2- Com seis anos trabalhando para a Critério, você foi promovida à executiva de Operações. Como avalia esta promoção e como está o desempenho na nova função?

Além de uma grande realização profissional, foi uma demonstração de confiança por parte dos sócios da empresa. Recebi a notícia com muita emoção e precisei de um tempo para processar que se tratava de um resultado de tantos anos de dedicação, responsabilidade e compromisso. Senti-me feliz e estimulada a seguir em frente, com ainda mais vontade de buscar resultados cada vez melhores.

Foi essa mesma empresa que me confiou o principal cliente da casa assim que cheguei, em 2014. Agarrei aquela oportunidade com todas as minhas forças e aprendi em pouquíssimo tempo mais do que poderia em muitos anos de empresa. Trabalho ao lado de grandes profissionais, e ter a Soraia Hanna - que é de longe uma das maiores especialistas em gestão de imagem deste país - me ensinando absolutamente tudo o que sei nesta área me deu confiança e estimulou meu amor pela área. Sou muito grata a ela desde o primeiro dia que ingressei na Critério, assim como ao Cleber Benvegnú, demais sócios e colegas.

Mais recentemente, descobri uma capacidade de gestão que eu sequer sabia que tinha - e foi a oportunidade de crescimento dada pela empresa que me mostrou isso. Em tempos de home office, conseguir com que o trabalho seja executado com a mesma performance, apesar de todos os desafios que a distância traz, é a consolidação do engajamento de toda a equipe. O time é afinado e tem me dado muito apoio nessa nova função. A parceria de sempre só somou forças para que os processos avancem ainda mais e, consequentemente, todos cresçamos juntos.

3 - Quando e por que decidiu fazer jornalismo?

Não vou dizer que foi um sonho que me acompanhou desde cedo. Ainda pequena, lembro da convicção em seguir carreira na Pediatria. Sempre gostei de pessoas - o que está diretamente vinculado ao exercício do Jornalismo. Com o tempo, meu amor pelos animais estava quase fazendo o caminho enveredar para a Medicina Veterinária. Como o sofrimento do outro mexe muito comigo, vi que não ia conseguir separar o pessoal do profissional em qualquer uma das duas carreiras.

Ao fim do Ensino Médio, ter que decidir por uma carreira me fez buscar informações sobre as áreas do Direito e do Jornalismo. Me identifiquei muito com tudo o que li sobre Comunicação. Foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Desde as primeiras disciplinas, tive a certeza de ter optado pela carreira certa pra mim.

4 - Você já atuou tanto em veículo como em assessoria de comunicação. Como a experiência em uma área pode contribuir para o desenvolvimento da outra?

Estive dos dois lados do balcão, e isso só contribuiu para o meu crescimento. Enquanto trabalhei em veículo, sempre tive uma boa relação com os colegas da assessoria de imprensa por entender que são trabalhos que se complementam. A experiência me ensinou a identificar como as ações de um cliente, seja na área pública ou privada, podem trazer a relevância social que buscamos no Jornalismo. É muito enriquecedor poder sugerir uma pauta para um colega com quem trabalhei, sabendo que pode fazer a diferença na vida de outras pessoas - pelo exemplo ou pelo serviço que ela presta. 

5- Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Tenho certeza que, se me perguntassem isso em 2016, jamais poderia imaginar ter chegado ao nível que estou hoje (risos). Eu sou tão grata pelo momento que estou vivendo, pela oportunidade que a Critério está me dando, que não poderia pedir mais nada. Só espero seguir me sentindo realizada, como estou agora, e cada vez mais desafiada a fazer mais e melhor. Sou muito feliz por ter a oportunidade de atuar na área que completa e em uma função que corresponde exatamente ao meu perfil. Quero sempre evoluir, aprendo a cada dia com meus chefes e colegas, e tenho a convicção de que toda experiência agregada só vai me fazer crescer cada vez mais.

Quero sempre poder trocar experiências e conhecimento como forma de retribuir um pouco do que aprendi com todas as pessoas que passaram pela minha carreira, profissionais com quem tive e tenho a honra de dividir meus dias.

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